sábado, 15 de dezembro de 2018

Dai à Deus o que é de Deus ( Marcos 12:17 )

                                      DAI À DEUS O QUE É DE DEUS ( MARCOS 12:17 )


A MOEDA TINHA A IMAGEM DE CESAR ( HOMEM )


O HOMEM FOI FEITO À IMAGEM DE DEUS,LOGO O HOMEM LHE DEVE LEALDADE E SERVIÇO,E ESTA EM PRIMEIRO LUGAR


JESUS RESPEITAVA AS LEIS HUMANAS ( MUITAS VEZES AO CONTRÁRIO DE NÓS,QUE SONEGAMOS IMPOSTOS ),LOGO SUA RESPOSTA NÃO FOI DE ASTÚCIA,MAS DE UM CIDADÃO RESPONSÁVEL,QUE CUMPRIA SEUS DEVERES.


NESSA BRIGA SOBRE DÍZIMO,ESQUECEMOS DE QUE NA LEI ERA 10%,MAS NA GRAÇA,POR TERMOS SIDO COMPRADOS,DEVEMOS OFERTAR 100% NÃO APENAS DOS BENS,MAS DE TUDO,QUE É NADA TENDO EM VISTA O DESTINO QUE ELE NOS LEVARÁ: A VIDA ETERNA

A RESPOSTA DE JESUS É O MELHOR ENSINO PARA AQUELES QUE NÃO SE DEIXAM ENVOLVER POR ARGUMENTOS FRÍVOLOS,DE HOMENS CARNAIS E INCAPAZES DE PENSAR.

TODO MORDOMO HONESTO PODE CUMPRIR UM DEVER,OU SEJA O IMPOSTO DOS HOMENS E O IMPOSTO DE DEUS:DÍZIMO

IMPOSTO DE DEUS PORQUE A TERRA É DO SENHOR( TERRA AQUI É O MUNDO E NÃO O QUE A TERRA PRODUZ COMO ALIMENTOS,QUE É UMA SANTA BURRICE TAL AFIRMAÇÃO)

NO TEXTO JESUS DEIXA CLARO QUE UM MORDOMO DEVE PAGAR A TAXA AO DONO DA TERRA,MAS RECOMENDA QUE DEVE SER ACOMPANHADA DE JUSTIÇA,MISERICÓRDIA E FÉ,OU SEJA: TAXA+MORALIDADE PIEDOSA.

ESSA DESOBEDIÊNCIA,QUE ALGUNS ALEGAM QUE JESUS PAGOU,A BÍBLIA ENSINA QUE AO CONTRÁRIO HAVERÁ É JULGAMENTO.

ALGUNS IRMÃOS ESTÃO CERTOS,QUANDO ACUSAM DENOMINAÇÕES DE NÃO FAZEREM BOM USO DOS DÍZIMOS,POIS O DÍZIMO PERTENCE AO SENHOR E NÃO À UMA DENOMINAÇÃO,ASSIM SE SUA DENOMINAÇÃO NÃO FAZ BOM USO,PROCURE UMA QUE O FAÇA,MAS DIZIMAR É DEVER (MALAQUIAS DEIXA ISSO CLARO DE QUEM TENTA ROUBAR A DEUS,ASSIM O QUE É DO ESTADO AO ESTADO,O QUE É DE DEUS A DEUS(PALAVRAS DE JESUS)

TAL QUAL NO VELHO TESTAMENTO,O DÍZIMO É PARA PROTEGER A PROPRIEDADE QUE É DE DEUS,E NA PALAVRA NÃO HÁ UM LUGAR QUE AFIRME QUE ESSA TAXA FOI ABOLIDA,POIS O CONTEXTO ASSIM COMO CESAR DEVE RECEBER O QUE LHE É DEVIDO,ASSIM TAMBÉM DEUS.SE ACHO QUE UM FOI ABOLIDO,ENTÃO VOU ACHAR QUE O OUTRO TAMBÉM FOI,E PAGO SE EU QUISER,OU ADMINISTRO COMO EU QUERO,OU QUANTO EU QUERO,SENDO QUE A EXISTE UM VALOR OFICIAL

TAL LIBERDADE NÃO EXISTE À PARTE DA LIBERDADE DE POSSESSÃO E DE PROTEÇÃO DE BENS E PROPRIEDADES PESSOAIS,COM COMPENSAÇÃO  ADEQUADA PARA SUA PERDA OU DESTRUIÇÃO.

NADA TEMOS QUE É NOSSO,E SE TIVERMOS ISSO TEM UMA FONTE QUE É PRECISO SER RECONHECIDO COM SERIEDADE.

"DAR A DEUS O QUE É DE DEUS" TEM TODA LÓGICA,POIS O TEXTO COMEÇA FALANDO DOS "AGRICULTORES MAUS",QUE ENSINA O CARÁTER DOADOR DE DEUS E A RUINDADE HUMANA,DEIXANDO UMA PERGUNTA: O QUE DEUS MERECE?

É INCRÍVEL QUE FAZEMOS O CONTRÁRIO:DAMOS UMAS MOEDAS A DEUS,QUE É O DONO DA TERRA E UMA GRANDE PARCELA DAMOS PARA NÓS MESMOS,ILEGAIS PROPRIETÁRIOS 

NO FINAL DO CAPÍTULO,JESUS MOSTRA QUANTO DEVEMOS PAGAR A ELE: 10%?

SE LERMOS VEREMOS O ELOGIO QUE JESUS FEZ À VIÚVA,QUE DEU 100%,E NÃO QUE DAMOS HOJE:SOBRAS

O FOCO AQUI É O CORAÇÃO,REFERINDO-SE À MOTIVAÇÃO QUE DEVE SER ALÉM DA OBRIGAÇÃO UMA FIDELIDADE RECHEADA DE GRATIDÃO,DE HONRA,COLOCANDO-O EM SEU DEVIDO LUGAR COMO PROPRIETÁRIO DE TUDO

                                                                    CONCLUSÃO

O QUE TE MOTIVA GANHAR DINHEIRO?
- ACUMULAR BENS?
- CONSUMIR COISAS?
- OPORTUNIDADES PARA SERVIR A DEUS?

COM MEUS 57 ANOS DE VIDA CRISTÃ
COM MEUS 40 ANOS DE CRISTÃO
COM MEUS 36 DE PASTOR
QUERO TE DAR UM CONSELHO:

. DÊ A DEUS O QUE É DE DEUS,SE SUA DENOMINAÇÃO FAZ MAU USO,PROCURE UMA DENOMINAÇÃO QUE FAÇA UMA BOA ADMINISTRAÇÃO E DÊ O QUE É DE DEUS,MOSTRANDO SUA FIDELIDADE
. DÊ SUA PRIMÍCIA NA DENOMINAÇÃO QUE ADMINISTRE CORRETAMENTE E HONRE A DEUS COM O PRIMEIRO FRUTO DOS SEUS BENS
. SEJA GENEROSO E DÊ OFERTAS GENEROSAS Á QUEM PRECISE E DEMONSTRE SER UM ADORADOR QUE SABE SACRIFICAR,TENDO PRAZER EM OFERTAR 

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

PORQUE TANTA OPOSIÇÃO AO DÍZIMO

                                        PORQUE TANTA OPOSIÇÃO AO DÍZIMO 

O movimento Reformado representou um certo retorno às Escrituras Sagradas,apesar de que,eu defendo um retorno completo ao ponto de vivermos como a Igreja Primitiva.  

Como conseqüência, o acúmulo de tradições acrescentadas à fé apostólica foi varrido da igreja. Somos filhos da Reforma e temos a obrigação de julgar nossas próprias práticas à luz da Bíblia, comparando Escritura com Escritura. A máxima igreja reformada sempre se reformando deve ser sempre lembrada e praticada. 

Não há erro quando alguém obriga a si próprio a não comer carne, ou guardar determinados dias, ou se abster de algo, ou colocar sobre si qualquer outra obrigação sobre a qual não há mandamento bíblico (Romanos 14.2-6).  

                                                      HISTÓRICO SOBRE O DÍZIMO 

A igreja pós-apostólica viveu a tensão entre a prática do dízimo e a afirmação paulina de que Cristo nos libertou da lei (Gálatas 5.1). 

Nos séculos 5 e 6, encontramos a prática do dízimo bem estabelecida nas áreas antigas da cristandade do ocidente. 

No século 8 os soberanos carolíngeos tornaram o dízimo eclesiástico parte da lei secular. 

Já no século 12, os monges que antes tinham sido proibidos de receber dízimos, sendo obrigados a pagá-los, obtiveram certa medida de liberdade ao obterem permissão para receber dízimos e, ao mesmo tempo, tendo isenção do pagamento deles. 

Controvérsias sobre dízimos sempre surgiram quando pessoas procuravam "evitar" o pagamento, ao passo que outras tentavam apropriar para si as rendas dos dízimos. 

Os dízimos medievais eram divididos em:

.prediais, cobrados sobre os frutos da terra; 

.pessoais, cobrados dos salários da mão-de-obra; 

.mistos, cobrados da produção dos animais. 

Esses dízimos eram subdivididos: 

.em grandes, derivados de trigo, feno e lenha, pagáveis ao reitor ou sacerdote responsável pela paróquia; 

.pequenos, dentre todos os demais dízimos prediais, mais os dízimos mistos e pessoais, pagáveis ao vigário. 

Na Inglaterra, especialmente por volta dos séculos 16 e 17, a questão dos dízimos foi uma fonte de conflito intenso, visto que a Igreja Estatal dependia dos dízimos para sua sobrevivência. Implicações sociais, políticas e econômicas eram consideráveis nas tentativas do arcebispo Laud de aumentar o pagamento dos dízimos, antes de 1640. Os puritanos ingleses e outros queriam a abolição dos dízimos, substituindo-os por contribuições voluntárias para sustentar os clérigos. Mas a questão dos dízimos despertou paixões ferozes e amarguras, notáveis dentre todas as questões associadas com a guerra civil inglesa. Depois da guerra, o dízimo obrigatório sobreviveu na Inglaterra até o século XX. 

                                                     JESUS E OS DÍZIMOS


Jesus ensinou a prática do dízimo? 

Jesus ensinou que devemos dar o dízimo em Mateus 23.23: 

"Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas cousas, sem omitir aquelas!

Note-se: obedecer os preceitos mais importantes da lei, sem omitir o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, é o que Jesus afirma. 

De fato, esta afirmação de Jesus nos remete à discussão sobre a Lei e a Graça, o Velho e o Novo Testamento, a Antiga e a Nova Aliança. 

Não ignoramos a profecia de Jeremias: Eis aí vêm dias, diz o SENHOR, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá... (31.31). Esta profecia foi lembrada pelo autor de Hebreus que ensina a respeito de Jesus como Mediador de superior aliança instituída com base em superiores promessas (8.6), e completa: Quando ele diz Nova, torna antiquada a primeira. Ora, aquilo que se torna antiquado e envelhecido está prestes a desaparecer (8.13). Paulo afirma o mesmo com outras palavras: De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé. Mas, tendo vindo a fé, já não permanecemos subordinados ao aio (Gl 3.24-25). Sabemos que há dois testamentos, duas alianças – uma antiga, que já passou, e uma nova, que vigora. Mas, quando começou a vigorar a nova aliança, o novo testamento? Hebreus responde: Porque, onde há testamento, é necessário que intervenha a morte do testador; pois um testamento só é confirmado no caso de mortos; visto que de maneira nenhuma tem força de lei enquanto vive o testador. (Hb 9.16-17) Oh! que significado tem as palavras de Jesus na última ceia: porque isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados. (Mt 26.28). Vemos, assim, que os evangelhos retratam acontecimentos da antiga aliança. Poderíamos dizer que o Antigo Testamento se estende até Mateus 27.50 quando “Jesus, clamando outra vez com grande voz, entregou o espírito.”

Dessa forma, podemos entender muitas passagens do NT: 

Em Lc 1.15 o anjo Gabriel consagra João Batista ao nazireado, conforme Nm 6.3. 

Em Lucas 2.21 Jesus é circuncidado obedecendo o disposto em Levítico 12.3; 

Em Lucas 2.22 Maria se purifica conforme estabelecido em Levítico 12.4; 

Em Lucas 2.23 os pais de Jesus oferecem o sacrifício prescrito em Levítico 12.6-8; 

Em Mateus 8.4 Jesus manda um leproso fazer o sacrifício prescrito em Levítico 14; 

Em Lucas 19.8 Zaqueu se submete duplamente à pena estabelecida em Êxodo 22.9; 

Em Mateus 17.24 Jesus paga o imposto estipulado em Êxodo 30.11-16 

Em Mateus 26.17 Jesus e os discípulos cumprem o requerido em Êxodo 12.1-27.

Entendemos, então, que enquanto Jesus vivia, a Lei Mosaica estava em vigor. 

Como entender Mt 8.4, onde Jesus ordena a apresentação de um sacrifício de animal ao que havia sido curado de lepra? É necessário que façamos isto hoje? Evidentemente que não. 

Em Mt 23.23, Jesus ordena aos fariseus que dêem o dízimo do cominho, da hortelã e do endro, devemos entender que eles estavam debaixo da mesma aliança mosaica que obrigou o leproso a cumprir o ritual de Levítico 14. Há, portanto, nos relatos dos evangelhos, um aspecto de transição entre o que é e o que há de vir. Por isso é preciso cuidado e não eliminarmos o que Jesus não eliminou sobre o Novo Israel prescrições relativas ao Antigo Israel. Pois não estais debaixo da lei e sim da graça (Romanos 6.14)

A pergunta sobre o tema em pauta é: Onde Jesus elimina a prática ou o princípio do dízimo?
Ao contrário Ele confirma a validade dele também na Nova Aliança,lembrando que ele deve ser praticado juntamente com outros atos de justiça,misericórdia e fé.

Mas aí surge uma pergunta: E o ensino de Paulo? 

Bom,como todo bom interprete das Escrituras,todo ensino deve estar dentro do escopo primeiro de Jesus e depois de outros,logo se Jesus em nenhum lugar elimina a prática do dízimo e ao contrário o recomenda acrescentando a prática da justiça,misericórdia e fé,não podemos seguir outros ensinamentos.

Como fica o ensino de Paulo? 

Fico triste com os atuais "exegetas e intérpretes" das Escrituras,pois esquecem-se que Paulo como um bom judeus,conhecia os princípios judaicos e o que Paulo ensina nada mais é que uma interpretação de Terceiro Princípio da Mordomia:OFERTAS.

Paulo em nenhum lugar usa o termo Primícia ou Dizimo,mas OFERTAS,ensino este praticado erroneamente,pois a igreja não sabe os pilares desse princípio,assunto que será tratado depois aqui.

.Mas aí vem os sábios da graça e afirmam: Vejo o dízimo como lei e não estamos debaixo da lei.

Existe uma passagem em Gênesis 14.20 "E de tudo lhe deu Abrão o dízimo",pelo contexto a prática do dízimo é supra-legal, ou seja, acima da lei:
Abrão deu o dízimo a Melquisedeque, rei de Salém, antes da Lei ser estabelecida. Logo o dízimo é antes da Lei. Portanto o dízimo perdura após o fim da Lei.

.Mas aí vem aqueles velhos sábios da graça com o argumento de que algumas práticas antes da Lei não perduram,porém esquecem-se de que algumas delas foram substituídas por outras práticas ( A circuncisão pelo batismo por exemplo),o que torna o argumento fraco.


.Mas aí surgem os sábios da graça,afirmando que a prática do dízimo que antes da lei,que foi confirmada na lei,que foi mais tarde adaptada para um povo que antes nômade agora fixo,que distorcido no exílio é restaurado pós exílio,confirmado por Jesus,os quais não tem discernimento de darem a interpretação do princípio na graça,sem usar Paulo que nada fala de dízimo mas de ofertas

. Mas aí os velhos interpretes da graça afirmam: não podemos usar textos do Velho Testamento como base para prática ou abstenção de um preceito.Bom,aí onde entra a incapacidade dos atuais intérpretes da graça em preferir "em nome deles mesmo ou da tradição denominacional"eliminar por completo um ensino tão claro.

É do conhecimento até de leigos que mesmo sendo da lei,um princípio moral deve continuar sendo praticado,eliminando-se apenas o cerimonial,porém perguntamos: o dízimo deixou de ser um princípio?Porque não se elimina as cerimonias e se pratica o princípio?Onde está a capacidade,o discernimento,a sabedoria,o conhecimento para interpreta-lo dentro da graça?(Exemplo: o Jejum de Isaías 58,o sábado de Êxodo 31)

Sou calvinista,mas rechaço aqueles que só levam a sério se Calvino falar,então vamos la:

Muita calvinista não sabe,mas Calvino falou do que na teologia é chamado de Princípios de Mordomia ( kkk quando eu usei esses termos riram de mim e  até falaram que eu estava usando de uma outra linguagem para referir-me a Teologia da prosperidade,mas eu os perdoo kkkk )
Calvino tem uma obra sobre os 5 primeiros livros da Bíblia e fala sobre Dízimos,Primícias e Ofertas,inclusive no comentário à carta de Romanos,ele dá um show sobre o princípio da primícias (Romanos 11:26).
E como temos postado aqui,ele vê esses princípios como reais na graça e óbvio sem os rituais.
Calvino mostra que em Êxodo 30:16 Deus deixa bem claro que tudo é d'Ele e que é Ele quem decide o princípio a ser seguido por Ele ser o Dono de tudo... fico a pensar aos que decidem fazer como querem com algo que não lhes pertence e ainda usam textos bíblicos.

Olhem o comentário de Calvino:
"Deus os taxou todos a uma e a mesma soma, a fim de que, desde o maior até o menor, cada qual, qualquer que fosse o seu estado ou qualidade, reconhecesse que Lhe pertencia inteira e totalmente. E não é de maravilhar, visto que era esse (como se diz) um direito pessoal e as faculdades não se creditam a que o rico, de fato, contribuísse mais do que o pobre, mas antes, que o tributo era pago igualmente pessoa por pessoa."
Comentando o texto de Mateus 17.24 ele acrescenta:
"Sabemos que a Lei lhes impunha pagar cada um anualmente meio estáter e que Deus, que os havia resgatado, era para eles o Rei Soberano."
Comentando 1 Coríntios 10:31 ele afirma:
 “ São Paulo mostra que se a oferta das primícias, como rito, foi abolida, guarda-nos, todavia, o significado espiritual.”
Sem a cerimônia( quem quiser saber sobre o que ele se refere como cerimônia,leia o comentário de Calvino de Romanos 11:26,onde ele dá um show sobre o princípio da primícia ,aí você entenderá o que é findar os rituais e praticar os princípios), permanece ainda a verdadeira observância, quando nos exorta ele a glorificar o nome de Deus, até mesmo no beber e no comer (1 Co 10.31)
Comentando o voto de Jacó em Gênesis 28.22 "E, de tudo quanto me concederes, certamente eu te darei o dízimo", Calvino escreve: "Os atos externos não caracterizam os verdadeiros servidores de Deus, são apenas subsídios de piedade se não acompanhados de atos internos "
Comentando 2 Co 8.8,sobre ofertas o reformador escreve: "Verdade é que, por toda parte, ordena Deus que acorramos a ajudar os irmãos em suas necessidades; mas, verdade é também que nenhuma passagem há em que nos defina a soma, quanto lhes devemos dar, a fim de que, feita estimativa de nossos bens, repartamo-los entre nós e os pobres; nem, de maneira semelhante, onde nos obriga a certas circunstâncias, nem de tempo, nem de pessoa, nem de lugar, mas à regrada caridade nos conduz"
A respeito da generosidade e a precaução contra a avareza: "A vontade liberal é agradável a Deus tanto do pobre quanto do rico... verdade é que é bem certo que devemos a Deus não apenas uma parte, mas, afinal, tudo o que somos e tudo o que temos. Entretanto, segundo Sua benevolência, até esse ponto nos poupa, que Se contenta desta comunicação que o Apóstolo aqui ordena. O que, pois, ensina ele aqui é um relaxamento, por assim dizer, daquilo a que somos obrigados no rigor do direito. Contudo nosso dever é estimular-nos a nós mesmos a darmos com freqüência. Não há temer que sejamos exageradamente descomedidos neste aspecto, pelo contrário, há é o perigo de sermos demasiado sovinas"
Ainda comentando 2 Co 8.8, Calvino acrescenta: "Ora, esta doutrina da mordomia é necessária contra um bando de visionários que pensam que nada havemos feito, se não nos despojamos inteiramente para termos tudo em comum. Na verdade, tanto fazem por sua fantasia, que ninguém pode dar ajuda em boa consciência. Eis porque é preciso observar-se diligentemente a moderação de São Paulo, a saber, que nossa ajuda seja agradável a Deus, quando de nossa abundância acorremos à necessidade dos irmãos, não de tal maneira que tenham a ponto de regurgitarem, enquanto nós ficamos na condição de necessitados, mas antes, que do nosso distribuamos segundo o permite nossa própria capacidade, e com alegria de coração e ânimo disposto."                                         


                                                        CONCLUSÃO 

Quando por ocasião do recebimento como membro de uma denominação, ouvimos as seguintes palavras: 

Crê que as Escrituras Sagradas do Velho e do Novo Testamento são a Palavra de Deus e a única regra de fé e prática dada por Ele à sua Igreja, e que são falsas e perigosas todas as doutrinas e cerimônias contrárias a essa palavra, e todos os usos e costumes acrescentados à simples lei do Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo? 

Ao que respondemos: 

Creio 

A confissão que fizemos nos lembra que tudo o que é extrabíblico é, na verdade, anti-bíblico, que qualquer imposição que se revele sem raízes nas Escrituras deve ser considerada falsa e perigosa, mesmo que tenha sido instituída com propósitos elevados. 

O dízimo tradicionalmente praticado pelos evangélicos é bíblico. Sendo assim não  pode ser legitimamente exigido dos membro. O dízimo,primicia e ofertas nunca foram extintos da igreja por serem um princípios de mordomia,usados por Deus para administrarmos o que pertence a Ele. 

Respondemos "creio" porque a doutrina bíblica nunca prejudicará a vida da igreja e que a verdade jamais será perniciosa; pelo contrário, se ensinarmos aos membros os princípios de dar , como  patamares mínimos exigidos, que Deus ama a quem dá com alegria, que devemos ser generosos, guardar-nos da avareza, ser prontos em repartir, acumular tesouros no céu... Deus responderá derramando sobre a Sua igreja bênçãos sem medida

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

UMA CONFRONTAÇÃO DO MINISTÉRIO MASCULINO E FEMININO

                                                        INTRODUÇÃO


TENHO POR ALGUNS DIAS,CONFRONTADO-ME COM ESSE TEMA,POIS BUSCO UMA RESPOSTA PLAUSÍVEL SOBRE A PARTICIPAÇÃO DA MULHER NO MINISTÉRIO ECLESIÁSTICO EM HARMONIA COM O MINISTÉRIO ECLESIÁSTICO MASCULINO.

TUDO QUE EU LI ATÉ AGORA NÃO CONSEGUIU ME CONVENCER DE QUE AS PALAVRAS DE PAULO À TIMÓTEO ESTÃO BEM INTERPRETADAS,POIS NÃO É ISSO QUE SE VÊ NA NARRATIVA DE GÊNESIS SOBRE A ORIGEM DO MACHO E DA FÊMEA.

EXISTE UMA REALIDADE EXPLÍCITA : O MINISTÉRIO ECLESIÁSTICO FEMININO TEM SIDO ADOTADO EM MUITAS DENOMINAÇÕES,E ISSO TEM SIDO DEFENDIDO POR ALGUNS E COMBATIDO POR ALGUNS OUTROS,CADA UM USANDO SEUS LÓGICOS ARGUMENTOS.

COM AUXÍLIOS DA ORAÇÃO,LEXICAL,GRAMATICAL E TEXTUAL.COM O USO DE VÁRIAS FONTES DE PALAVRAS HEBRAICAS E TEXTOS FORA DA TRADIÇÃO TEXTUAL MASSORÉTICA E AJUDA DE AMIGOS E IRMÃOS,TENHO BUSCADO UMA RESPOSTA QUE DÊ LEGALIZAÇÃO AO MINISTÉRIO ECLESIÁSTICO FEMININO OU QUE O COMBATA,COLOCANDO-O SOMENTE MINISTÉRIO ECLESIÁSTICO MASCULINO.

DEPOIS DE ANALISAR A FUNDO TEXTOS COMO 1 TIMÓTEO 2:11-15 E GÊNESIS 1,2,PERCEBI QUE MUITAS RESPOSTAS OBTIDAS SÃO FILOSOFIAS,EXPERIENCIAS PESSOAIS,MITOS ANTIGOS E PROJEÇÕES PSICOLÓGICAS,POR ISSO QUERO APRESENTAR OUTROS ARGUMENTOS COMO UM GUIA DE ESTUDO COMO AUXÍLIO DE ESTUDO E A INTERPRETAÇÃO É DE SUA INTEIRA RESPONSABILIDADE.


                                                    BUSCANDO A VERDADE


MINHA BUSCA COMEÇOU PELA CONFIABILIDADE DA BÍBLIA,APESAR DA VARIEDADE DE INTERPRETAÇÕES,E ESSA CONFIABILIDADE É O CO,MEÇO DE TUDO,VENCENDO A ARROGÂNCIA DENOMINACIONAL,A RELATIVIDADE,O DOGMATISMO  DE SISTEMAS RELIGIOSOS,CONFRONTANDO MINHA DEBILIDADE E INSEGURANÇA.

NÃO HÁ DÚVIDA DE QUE O INTÉRPRETE É NOSSO MAIOR INIMIGO,ASSIM ALGUNS PONTOS SÃO IMPORTANTES:

1. A Bíblia é a única auto-revelação inspirada do único Deus verdadeiro. 

Portanto, ela deve ser interpretada à luz da intenção do autor divino original através de um escritor humano num cenário histórico específico. 

2. A Bíblia foi escrita para o homem comum – para todos os homens! 

Deus acomodou-se para falar-nos claramente dentro de um contexto histórico e cultural.      Deus não esconde a verdade,pois Ele quer que nós compreendamos! 

3. A Bíblia tem uma mensagem e propósito unificado, ela não se contradiz, embora ela realmente contenha passagens difíceis e paradoxais. 

4. Cada passagem (excluindo profecias) tem um e somente um significado baseado na intenção do autor original, inspirado

MESMO QUE O ESPIRITO SEJA O QUE LANÇA LUZ AO TEXTO,NÃO POSSO MENOSPREZAR: 

 1) cenário histórico 

2) contexto literário 

3) estruturas gramaticais (sintaxe) 

4) uso contemporâneo de palavra 

5) passagens paralelas relevantes

CREIO QUE ASSIM TEMOS RAZÃO E LÓGICA NA INTERPRETAÇÃO

TUDO ISSO SE NÃO PUDER SER APLICADO À MINHA VIDA DIÁRIA,PERDE TODO O VALOR,UMA APLICAÇÃO NO TEMPO E NA LÓGICA(UMA PASSAGEM BÍBLICA NÃO PODE SIGNIFICAR O QUE ELA NUNCA SIGNIFICOU)

ATENTE PARA AS PALAVRAS ABAIXO:

“A iluminação vem às mentes do povo de Deus – não só à elite espiritual. Não há nenhuma classe de guru no cristianismo bíblico, nenhum iluminado, nenhuma pessoa através de quem toda interpretação adequada deve vir. E assim, enquanto o Espírito Santo concede dons especiais de sabedoria, conhecimento e discernimento espiritual, Ele não designa esses cristãos talentosos para serem os únicos intérpretes autoritários de Sua Palavra. Depende de cada um de Seu povo aprender, julgar e discernir pela referência à Bíblia que permanece como a autoridade mesmo para aqueles a quem Deus tem dado habilidades especiais.


                                 UMA BREVE INTRODUÇÃO AO LIVRO DE GÊNESIS







quinta-feira, 22 de novembro de 2018

A COSMOLOGIA DE GÊNESIS

                                     UMA COSMOLOGIA BÍBLICA DE GÊNESIS



A origem das coisas sempre foi uma preocupação central da humanidade; a origem das pedras, dos animais, das plantas, dos planetas, das estrelas e de nós mesmos.

Cada civilização conhecida da antropologia teve uma cosmogonia, uma história de como o mundo começou e continua.O entendimento do universo foi, para essas civilizações, algo muito distinto do que nos é ensinado hoje.

Mas a ausência de uma cosmologia para essas sociedades, uma explicação do mundo em que vivemos, seria tão inconcebível quanto a ausência da própria linguagem.

Essas explicações, por falta de outras formas de entendimento da questão, sempre tiveram fundamentos mitológicos,filosóficos e para Israel e a Igreja,digamos religioso.

Sabemos claramente disso,pois com a chegada da ciência,textos bíblicos que não visavam explicações científicas,foram explicados( Galileu com seu método experimental e os gregos com seus métodos geométricos),dando-nos entendimento do porque dessa linguagem bíblica para que o homem do Velho Testamento entendesse e,provavelmente do Novo Testamento também.

Quero nessa tendência pensar numa  antropologia bíblica.São tantas perguntas,que dariam enciclopédias.

Poderíamos começar com um exemplo antes de chegarmos no ponto,digamos um preâmbulo:

O homem foi criado mortal ou imortal?

Olhando os textos bíblicos mostram que foi imortal,mas ai surge outra pergunta:

Se foi criado imortal,porque após o pecado ele passou a morrer?Ele foi criado mortal ou imortal?

Não é nosso foco,mas para responder essa pergunta temos que definir o que é mortal e imortal.

Fiz essa colocação,pois quando recorremos à Gênesis e não fazemos considerações,falamos besteira,e até mesmo quando lemos um texto do Novo Testamento,sem consideramos uma série de pontos,além de não entendermos o que escritor quis,fazemos conclusões(óbvio) erradas e até absurdas.

Quando falamos de antropologia,nosso ponto de partida deve ser Deus e não a antropologia ( que nos diga Protágoras e sua celebre frase : " O homem é a medida de todas as coisas, das que são enquanto são, e das que não são enquanto não são ",frase bem vivenciada pela Renascença).

Se o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus,o ponto de partida deve ser Ele,entender o que é essa imagem e semelhança.

1. O "FAÇAMOS DE DEUS"


O homem foi criado após uma deliberação:"Consulta" ( Calvino )

Até aqui Deus tem sido comandante ,mas para criar o homem,Ele faz uma consulta( qal imperfeito).

Deus poderia criar o homem ordenando uma simples palavra,mas para com o homem resolveu agiu assim,mostrando a excelência do que haveria de vir.

Não me chamem de herege amados,pois Deus "consulta" à si mesmo

 Calvino

"Verdadeiramente existem muitas coisas nesta natureza corrupta que pode induzir ao desprezo; mas se você corretamente pesa todas as circunstâncias, o homem é, entre outras criaturas, uma certa preeminente espécie da Divina sabedoria, justiça, e bondade, o qual é merecidamente chamado pelos antigos de 'um mundo em miniatura’."

Adão temos é uma demonstração eloqüente da justiça divina,criado à imagem de Deus, para que pudesse refletir, como por um espelho, a justiça divina.

A melhor definição disso é a de Calvino: 

" à semelhança, como se estivesse a dizer que iria fazer um homem no qual, mediante esculpidas marcas de semelhança, se haveria de a Si Próprio representar como em uma imagem"

Conhecemos por meio da descrição bíblica que o homem foi criado de forma íntegra, sem pecado algum. A queda, porém, trouxe conseqüências desastrosas à imagem de Deus refletida no homem.

A imagem de Deus, foi ela, todavia, corrompida a tal ponto que, o que quer que resta, é horrenda deformidade.A imagem divina ficou quase que totalmente extinta de nós, e fomos igualmente despojados de todos os dons distintivos pelos quais teríamos sido, por assim dizer, elevados à condição de semelhantes. Em suma, de um estado da mais sublime excelência fomos reduzidos a uma condição de miserável e humilhante destruição”.

Antes de pecar, Adão tinha uma compreensão genuína a respeito de Deus. No entanto, “após a sua rebelião, ficou privado da verdadeira luz divina, na ausência da qual nada há senão tremenda escuridão”

A Queda trouxe sérias conseqüências: a morte e a escravidão. “Como a morte espiritual não é outra coisa senão o estado de alienação em que a alma subsiste em relação a Deus, já nascemos todos mortos, bem como vivemos mortos até que nos tornamos participantes da vida de Cristo”.  “O gênero humano, depois que foi arruinado pela queda de Adão, ficou não só privado de um estado tão distinto e honrado, e despojado de seu primeiro domínio, mas está também mantido cativo sob uma degradante e ignomínia escravidão”. “Todos nós estamos perdidos em Adão”. “Não teremos uma idéia adequada do domínio do pecado,que tanto a mente quanto o coração humanos se têm tornado completamente corrompidos”

O homem, “em sua queda, foi despojado de sua justiça original, sua razão foi obscurecida, sua vontade, pervertida, e que, sendo reduzido, a este estado de corrupção, trouxe filhos ao mundo semelhantes a ele em caráter.

O pecado continuará em toda a nossa peregrinação terrena a exercer influência sobre nós; por isso, qualquer conceito de perfeccionismo espiritual, que declare que o crente não mais peca, é antibíblico. 

A imagem de Deus foi corrompida pela queda e, é restaurada através da salvação em Cristo, onde o objetivo é nos fazer a imagem e semelhança dEle.  Desta forma Cristo nos remodela à imagem de Deus.

Agora,na graça de forma “muito mais rica e poderosa do que na primeira [criação]”(2Co 3.18)

É NESSA PERSPECTIVA QUE NOS APROXIMAMOS DE GÊNESIS 1:26-27

Sem pormenores,aqui está a origem da raça humana:"em Deus ".Feito do pó da terra,mostra que o homem foi feito por um ato direto e completo de Deus,usando material pre-existente (Lucas 3:38),dando-lhe vida,que o torna "ser vivente ( Gênesis 2:7)e da mesma forma usando material pré-existente forma de maneira direta Eva.

Esta é a palavra hebraica "Adão" , que é um jogo óbvio sobre o termo hebraico para chão, adamah (cf. Gênesis 1.9). O termo também pode significar "vermelhidão". Muitos estudiosos acreditam que isso se refere a humanidade ser formado a partir das terras vermelhas ou barro do Vale do Tigre/Eufrates

A Septuaginta usa a  palavra anthropos para traduzir este termo que é um termo genérico que se refere aos homens e/ou mulheres ( Gênesis 5.2; 6.1,5-7; 9.5-6). O termo hebraico mais comum para homem ou marido é ish ( Gênesis 2.23 a etimologia é desconhecida) e ishah  para a mulher ou esposa

Não estou afirmando nada,mas quero pensar na expressão: " homem e mulher  Ele os criou " :

 Ela mostra que, no primeiro capítulo, o gênero humano parece ser criado já considerando o homem e a mulher (“homem e mulher, Ele os criou”) e é incluída imediatamente uma pluralidade.

Já no segundo capítulo, o homem já existe quando a mulher é criada para servi-lo.A razão de ser da mulher, desde a sua criação, é interpretada para ajudar e assistir ao homem. Ela é essencialmente auxiliar, destinada por Deus a ajudá-lo.

Essa ideia é que fundamentará o androcentrismo cristão, sustentando o conceito da superioridade do homem em relação à mulher,porém observe o PLURAL, que implica o domínio comum de homem e mulher ( Gênesis 5.2). Observe também o PLURAL IMPERATIVO de Gênesis 1.28. A submissão da mulher só vem após a queda em Gênesis 3. A verdadeira questão é: "Será que esta submissão permanece após a inauguração da nova era em Cristo?

Analisando as palavras "mulher e feminina" como a tradição analisa o que seria essa essência,merece ser vista já que a mesma define características a partir da sua natureza,e por incrível que pareça,é a filosofia que usa esse argumento de natureza para dar a mulher o ar de fragilidade, timidez, doçura, sedução e afetividade ( Rosseau ). Esse ideal de submissão se justificava porque as mulheres deveriam ocupar o “lugar natural” de esposas que devem agradar.Para Rousseau, essa doçura estaria associada a uma natureza,segundo Rosseau distante das ciências e da vida intelectual e só seria preservada se a mulher se mantivesse “no seu lugar”, qual seja, no ambiente doméstico.( Muito parecido com que pensa as igrejas tradicionais hoje)

Kant, dois anos depois de Rousseau e influenciado por ele, defendeu que as mulheres são “o belo sexo” e que teriam como único fim agradar o homem e perpetuar a espécie. No conceito kantiano, a capacidade da mulher se restringe a sentir, não a raciocinar, ideia que ele defende com argumentos tais como: “Uma mulher se sente pouco embaraçada por ser desprovida de grandes ideias, ou por se mostrar receosa com ocupações importantes ou despreparada para elas. É bela e agrada – e basta”( Conhece esse filme?incrível como a acusação de humanismo é para quem pensa diferente disso ), Para ele  a mulher mantém uma relação imediata com a natureza e o homem com a cultura.

Até o século XVII vigorava a associação entre feminilidade, sexo e mal, uma visão herdada do cristianismo primitivo remanescente durante a Idade Média e o Renascimento, período em que prevalecia a ideia de que o “próprio das mulheres” era ser inferior – por ter sua origem na costela de Adão – e ao mesmo tempo diabólica por ter sucumbido à serpente. 

A imagem da mulher como ameaça diabólica será substituída, no Renascimento, pelo estereótipo da feiticeira. Rousseau foi contemporâneo das condenações das mulheres por prática de feitiçaria, uma iniciativa da Igreja Católica desde a Idade Média ainda em vigor no século XVIII. É longa, portanto, a tradição de associação entre feminino e desordem e também as tentativas de encontrar uma essência feminina que explique a diferença entre os sexos. 

Feminino, não pode ser tomado como um atributo exclusivo das mulheres( nem é algo, nem é a mulher ou a essência da mulher).O feminino se definiria como oposição ao neutro e, portanto, como oposição ao masculino ou o feminino seria atribuindo as qualidades tradicionalmente associadas às mulheres, ignorando, assim, a marca da oposição, mas mantendo as diferenças apoiadas nos aspectos biológicos.(Falar de feminino não é falar da mulher empírica, embora isso aconteça muitas vezes.). Há ainda outra forma,e a  mais desafiadora,que eu considero a mais pejorativa classificação da mulher como Outro.  “A mulher determina-se e diferencia-se em relação ao homem, e não este em relação a ela; a fêmea é o inessencial perante o essencial. O homem é o Sujeito, o Absoluto; ela é o Outro.

O sexo não é uma diferença específica qualquer... A diferença dos sexos não é tampouco uma contradição... Não é também a dualidade de dois termos complementares, porque esses dois termos complementares supõem um todo preexistente.


UMA VISÃO HEBREIA OU JUDAICA DA MULHER OU DO FEMININO



O Talmude é um conjunto de 63 livros de leis, tratados, textos éticos e históricos que formam a tradição oral do pensamento judaico e foram escritos pelos antigos rabis (classificação originalmente destinada aos mestres da leitura dos Mishnas, parte do Talmude relativa às leis religiosas )durante sete séculos. 

O Talmude é constituído por dois conjuntos de livros, o Mishna, que interpreta diretamente o texto bíblico, e a Guemara, que faz essa interpretação com o apoio do Mishna. 

O Talmude também pode ser dividido em dois tipos de textos: 

1.halakhá, que diz respeito às regras da vida social 

2.hagadá, narrativas lendárias cujos ensinamentos dependem de suas interpretações, que é entendida na tradição judaica como drash – “a arte de retirar do texto aquilo que não aparece numa leitura literal.


Os textos agádicos sãp reflexões sobre os aspectos éticos, sociais e na dimensão da vida pessoal . Esses textos agádicos são metáforas e contos que se referem a passagens dos textos bíblicos e a narrativas que “nutriram por séculos o imaginário judeu, em particular os judeus menos cultos, que ouviam nas sinagogas as histórias de como Deus castigava os imperadores que perseguiam os judeus, engrandecia os heróis bíblicos e os rabinos, falava da chegada do Messias e oferecia lições de sabedoria prática.

O hebraísmo e o helenismo( tradição grega) move o mundo. O Talmud em suas histórias sobre a mulher tendo  o papel de orientar os homens nos destinos bíblicos, o papel das mulheres no desenvolvimento da interioridade, tornando “o mundo habitável”,traz  a afirmação talmúdica de que a casa é a mulher,e vai atribuir ao feminino a função ontológica:  Deus chamou de Adão o homem e a mulher reunidos, colocando a dualidade na própria essência do humano, na qual a feminilidade da mulher não estaria absorvida.


O feminino como decorrência do masculino vai aparecer em "E Deus criou a mulher" e a interpretação judaica dos textos bíblicos  determina o lugar da mulher na cultura ocidental, sugerindo ao texto a hierarquia de gênero.“A mulher deriva quase gramaticalmente do homem (em hebreu, mulher se diz Ichah, que vem da palavra Iche, que designa homem), apontando para uma primazia do masculino, que seria anterior ao feminino e às diferenças sexuais.

Mas como como a marca masculina poderia ser anterior às diferenças sexuais?

Duas interpretações: 

Na primeira, Deus teria criado o homem e, secundariamente, a mulher. 

Na segunda interpretação, primeiro haveria o humano, que só posteriormente seria dividido em masculino e feminino, não se estabelecendo, assim, relação subordinação entre feminino e masculino.O Talmud (lógico)dá uma prioridade do homem em relação à mulher.

Poderíamos ver o texto como a mulher  como diferente do homem, não como desigual,mas como seria essa diferença?

Os ensinamentos do Talmude sobre a mulher na tradição judaica e afirma: “a casa é a mulher". A mulher é responsável pela vida espiritual, pela paz doméstica e por tudo aquilo que dá suporte ao homem. Sem a mulher, “o homem não conheceria nada do que transforma sua vida natural em ética”

NOTA : Na Revolução Francesa, as reivindicações de cidadania das mulheres foram negadas com a construção do argumento de que as mulheres, “naturalmente frágeis”, deveriam viver protegidas no espaço doméstico, infantilizadas como crianças e tuteladas pelos seus maridos.

Ainda dentro  da tradição judaica e um ideal de essência feminina que estaria ligada às características biológicas das mulheres.A sociedade patriarcal sustenta ou   permite apenas que se opte entre duas alternativas: tornar-se mulher “como homens”, e assim sujeito de direitos, ou afirmar a especificidade das mulheres, o que não confere nenhum valor às mulheres.

Na tradição (judaica), a mulher é pensada como “a segunda” do homem. Nessa secundarização não haveria a intenção de desvalorizar o feminino, mas sim de reconhecer suas especificidades. A mulher seria a segunda, mas sem ela não haveria casa, família, filhos, fecundidade, sem ela não haveria sobretudo ética. A condição social da mulher na tradição judaica se define pelas suas relações com o marido e com a família.

Porque, ao ser diferente, ela também é secundária?

A ideia do amor como restituição de uma unidade perdida e a noção de complementaridade entre masculino e feminino indicam que as duas metades podem voltar a ser um único ser?

O encontro entre homem e mulher como o encontro com a própria diferença, com a possibilidade da fusão?

                                            A COSTELA DE ADÃO


Pergunta: Por que, na frase “E Deus modelou o homem”, a palavra “modelou” – vayyitzer, em hebraico  está escrita com duas vezes a letra “y”? 

. letra  privilegiada no alfabeto hebraico por ser a letra inicial do nome de Deus (YHVH)?

.  Deus ter criado “duas criaturas em uma”, o que definiria o humano: poder ser dois sendo um

Este é o terceiro termo usado para descrever a ação criadora de Deus em relação à humanidade -"fazer", Gênesis 1.26 , 

-"criou", Gênesis 1.27 

- "formou", Gênesis 2.7).

 O NT revela que Jesus era o agente de Deus na criação ( João 1.3; I Coríntios 8.6; Colossenses 1.16; Hebreus 1.2) 


Outra questão de linguagem que deve ser discutida é o uso da palavra “costela” – um problema de difícil tradução, já que ela está se referindo à semelhança entre côté (lado) e côte (costela).

O fato de que a mulher não é apenas fêmea do homem e que ela faz parte do humano,  a mulher é, de saída, criada a partir do humano?

 Primeiro haveria o humano, que só posteriormente seria dividido em masculino e feminino? 

A criação do homem foi a criação de dois seres em um só, mas de dois seres de dignidade igual; a diferença e a relação sexual pertencem ao conteúdo essencial do humano?

A ideia de que a independência entre os dois seres criados por Deus seria impossível,pois seria preciso, para criar um mundo, que [Deus] os fizesse subordinados um ao outro. Seria necessária uma diferença que não comprometesse a equidade, uma diferença de sexo; e, a partir daí, uma certa preeminência do homem, uma mulher vinda mais tarde e, como mulher, apêndice do humano.

A humanidade não pode ser pensada a partir de dois princípios inteiramente diferentes. A mulher foi retirada do homem, veio depois dele; a própria feminilidade da mulher está nessa posterioridade inicial. A secundaridade das diferenças sexuais.que viria depois do humano com a secundaridade do feminino, que viria depois do masculino.

 O humano seria compreendido como neutro, anterior e acima das diferenças sexuais, e a mulher seria secundária porque as diferenças sexuais seriam secundárias?Há uma indeterminação da sexualidade antes da instituição das diferenças sexuais.

Em Gn 2,7 se afirma: “Então Deus formou adam da adamah“.

Geralmente as bíblias não traduzem o termo adam, apenas o transliteram, e fica parecendo que é o nome de um homem, Adão. Mas traduzem o termo adamah por terra ou barro. Isso causa confusões. A melhor tradução para adam é “humano” ou “ser humano’. O ser humano é aquele que foi tirado do “humus”, da terra, pois adamah significa o solo bom pra trabalhar, a terra que pode produzir bom fruto. Com essa afirmação de Gn 2,7, o autor quer dizer que o primeiro ser é indefinido sexualmente e deve ser escrito com minúsculas (adam).

Em Gn 2,22 encontramos: “E da tsela‘ de adam, Deus fez a fêmea”.Da mesma forma, as bíblias geralmente traduzem tsela‘ por costela. Contudo tsela‘ significa metade, banda, cada margem de um rio. Tsela’ pode ser o conjunto das costelas, do lado esquerdo ou do lado direito. A melhor tradução seria: “de uma das metades de adam(humano), Deus fez a fêmea”. Da outra metade, é óbvio, Deus fez o macho. Não precisa nem falar o óbvio.




terça-feira, 20 de novembro de 2018

Oferta de manjares

A Oferta de Manjares

A Oferta de Manjares

Texo bíblico: Levítico 2:1-15.
1 Quando alguém fizer ao Senhor uma oferta de cereais, a sua oferta será de flor de farinha; deitará nela azeite, e sobre ela porá incenso;
2 e a trará aos filhos de Arão, os sacerdotes, um dos quais lhe tomará um punhado da flor de farinha e do azeite com todo o incenso, e o queimará sobre o altar por oferta memorial, oferta queimada, de cheiro suave ao Senhor.
3 O que restar da oferta de cereais pertencerá a Arão e a seus filhos; é coisa santíssima entre as ofertas queimadas ao Senhor.
4 Quando fizerdes oferta de cereais assada ao forno, será de bolos ázimos de flor de farinha, amassados com azeite, e coscorões ázimos untados com azeite.
5 E se a tua oferta for oferta de cereais assada na assadeira, será de flor de farinha sem fermento, amassada com azeite.
6 Em pedaços a partirás, e sobre ela deitarás azeite; é oferta de cereais.
7 E se a tua oferta for oferta de cereais cozida na frigideira, far-se-á de flor de farinha com azeite.
8 Então trarás ao Senhor a oferta de cereais que for feita destas coisas; e será apresentada ao sacerdote, o qual a levará ao altar.
9 E o sacerdote tomará da oferta de cereais o memorial dela, e o queimará sobre o altar; é oferta queimada, de cheiro suave ao Senhor.
10 E o que restar da oferta de cereais pertencerá a Arão e a seus filhos; é coisa santíssima entre as ofertas queimadas ao Senhor.
11 Nenhuma oferta de cereais, que fizerdes ao Senhor, será preparada com fermento; porque não queimareis fermento algum nem mel algum como oferta queimada ao Senhor.
12 Como oferta de primícias oferecê-los-eis ao Senhor; mas sobre o altar não subirão por cheiro suave.
13 Todas as suas ofertas de cereais temperarás com sal; não deixarás faltar a elas o sal do pacto do teu Deus; em todas as tuas ofertas oferecerás sal.
14 Se fizeres ao Senhor oferta de cereais de primícias, oferecerás, como oferta de cereais das tuas primícias, espigas tostadas ao fogo, isto é, o grão trilhado de espigas verdes.
15 Sobre ela deitarás azeite, e lhe porás por cima incenso; é oferta de cereais.
16 O sacerdote queimará o memorial dela, isto é, parte do grão trilhado e parte do azeite com todo o incenso; é oferta queimada ao Senhor.
Introdução:
           A palavra hebraica empregada para “oferta de manjares” é minchah.  Significa uma dádiva feita a outro, de ordinário, a um superior.
          Quando Caim e Abel apresentaram suas ofertas a Deus, segundo se relata em Gênesis 4: 3 e 4, foi uma minchah que ofereceram.
          Os Israelitas ofereciam manjares (cereais) ou legumes além dos animais. LevÍtico capítulo 2 menciona 4 tipos de ofertas de cereal, e dá instruções de preparo para cada uma.
          O pecador poderia oferecer massa de farinha de trigo ou amassada para fazer pão (como na oferta das primeiras frutas).

I - QUAIS OS INGREDIANTES QUE COMPUNHA A OFERTA DE MANJARES?
          1. Flor de farinha;
          2. Azeite;
          3. E incenso. Não poderia fazer parte da oferta de manjares:
          a) fermento;
          b) mel.

II – COMO ERAM FEITAS AS OFERTAS DE MANJARES?
           Existiam três tipos de Ofertas de Manjares que eram preparadas, as quais eram orientadas pelo Senhor ao povo de Israel. Estas ofertas poderiam ser preparadas das seguintes formas:
           1. Assada em um forno - No forno;
               Lv.2: 4 - Quando fizerdes oferta de cereais assada ao forno, será de bolos ázimos de flor de farinha, amassados com azeite, e coscorões ázimos untados com azeite.
           2. Cozida em uma forma - Na caçarola ou panela;
             Lv.2: 5- E se a tua oferta for oferta de cereais assada na assadeira, será de flor de farinha sem fermento, amassada com azeite.
       3. Na sertã ou frigideira- Frita em uma panela.
               Lv.2:7 - E se a tua oferta for oferta de cereais cozida na frigideira, far-se-á de flor de farinha com azeite.
           
           Todas as ofertas de manjares eram feitas com óleo e sal e nenhum mel e fermento seria usado (óleo e sal preservariam, enquanto o mel e fermento deteriorariam). O adorador também traria uma porção de incenso (puro incenso).
          As ofertas de manjares eram trazidos a um dos sacerdotes que levaraim isto ao altar e lançariam uma "porção memorial" ao fogo e fazia o mesmo com o incenso. O sacerdote comia o restante, a menos que ele mesmo estivesse trazendo a comida como oferta, e ele queimaria ela por inteiro.

           O propósito da oferta de manjares era um oferecimento de presentes, e fala de uma vida que é dedicada a dar, e à generosidade.

           A oferta de manjares consistia em produtos vegetais que constituíam a principal alimentação do país: farinha, azeite, cereais, vinho, sal e incenso.
            Ao serem apresentadas ao Senhor, parte era queimada sobre o altar em memória, como cheiro suave ao Senhor.
            a) No caso de uma oferta queimada, tudo era consumido no altar.
            b) No da oferta de manjares, apenas uma pequena parte era posta sobre o altar; o resto pertencia ao sacerdote. “Coisa santíssima é, de ofertas queimadas ao Senhor”. Lev. 2:3.
           1. Oferta queimada significava:
           a) Consagração;
           b) Dedicação.
       
           2. A oferta de manjares representava:
           a) Submissão;
           b) Dependência. As ofertas queimadas importavam em inteira entrega da vida; as de manjares eram um reconhecimento de soberania e mordomia; de dependência de um superior. Eram um ato de homenagem a Deus, e um penhor de lealdade.

III – O QUE A OFERTA DE MANJARES REPRESENTA PARA NÓS HOJE NO SENTI ESPIRITUAL?
          1. A Oferta na Sertã ou Frigideira - era vista por todos, e tipifica as coisas que colocamos diante do Senhor e que são do conhecimento de todos na igreja – enfermidades, perda de familiares, desemprego, etc. – estas coisas representam lutas da nossa vida e que de alguma forma os irmãos tomam conhecimento e participam com suas orações.

           2. A Oferta da Panela  - era vista somente pelos sacerdotes, representando aquele tipo de coisas ou problemas que somente o Pastor ou o diácono conhecem – problemas conjugais, lutas no trabalho ou na família, problemas financeiros e outros – estes não são do conhecimento da igreja, pois são particulares e tratamos deles com o pastor ou o diácono responsável.

          3. A Oferta no Forno - era preparada na intimidade do lar e ninguém via. Depois de pronto o bolo, era levado ao templo, ofertado e comido com alegria ao final. Ela representa as coisas que só o Senhor conhece, são os nossos segredos e intimidades que só contamos ao Senhor, em quem esperamos a solução. Quando a solução vem, aí testemunhamos da bênção para todos, a fim de que todos se alegrem conosco e participem da nossa experiência.

 CONCLUSÃO – As ofertas eram preparadas com os seguintes ingredientes:

Flor de Farinha – A Palavra Revelada.
Azeite e Incenso – Unção do Espírito Santo e Orações sinceras.
Sem fermento ou mel – Sem aparência ou emotividade humana.

sábado, 20 de outubro de 2018

Mordomia Cristã

MORDOMIA CRISTÃ



TEXTO BÁSICO: Gêneses 2:15-17 

INTRODUÇÃO:

Antes de qualquer coisa é importante dizer que Deus não precisa do seu dinheiro. O salmo 24:1 afirma que “Ao Senhor pertence a terra e tudo o que nela se contém, o mundo e os que nele habitam”. Por que Deus iria querer o dinheiro que você pensa que é seu?

Jesus nos dá uma prova clara disso, em Mateus 17:27, quando precisando de dinheiro para pagar um imposto foi ao “banco peixe” e pegou quanto precisava. Disse Jesus: “vai ao mar, lança o anzol, e o primeiro peixe que fisgar, tira-o; e, abrindo-lhe a boca, acharás um estáter. Toma-o e entrega-lhes por mim e por ti”. Você acha mesmo que Deus quer seu dinheiro? Ou melhor, o que você pensa que e seu?

Portanto, aprenda isso: Tudo é de Deus, nada é seu.
Então, por que temos que devolver 10% de dízimo a Deus se tudo é dele e se ele não precisa do nosso dinheiro? Antes de responder você precisa saber de outra verdade: os 90% que ficam com você, depois que você tira o dízimo, também não são seus. São de Deus também. Lembre-se: tudo é dele.

Deus não quer nosso dinheiro, Ele quer nossa fidelidade. Deus não precisava de uma árvore no jardim, Ele só a colocou Lá para testar a obediência de Adão. Deus não precisa de 10% da nossa renda. Deus quer nossa obediência, nossa fidelidade.

O Rev. Jacó silva, em seu livro Fidelidade afirma que “o homem precisa ser testado porque ele pode estar enganado quanto à sua capacidade de obedecer e ser fiel” (SILVA, 2002, p.9).

Quantos estão dispostos a obedecer? Quantos estão dispostos a dedicar-se em fidelidade a Deus?

Ler Mateus 25: 14-30

Tudo é de Deus, mas Ele nos colocou como Mordomos para administrarmos seus bens, sua criação, suas posses, seu dinheiro. Essa doutrina e conhecida na teologia como Mordomia Cristã.  Esse é um termo que tem ficado obsoleto em nossas igrejas. Os novos crentes sequer sabem do que se trata.

A Mordomia Cristã é muito ampla e envolve muitos aspectos. Por exemplo: envolve a questão do tempo. Então quando dizemos que não temos tempo para ir à igreja no Dia do Senhor não estamos administrando bem o tempo que Deus nos deu para administrar. Não estamos sendo bons mordomos ou administradores.

Contudo, sem dúvida, a parte mais importante dessa doutrina diz respeito à administração do dinheiro de Deus que Ele nos entrega para que administremos. E o teste de fidelidade é o Dízimo.

O DÍZIMO E A MORDOMIA CRISTÃ

Ler Malaquias 3:8-10

O dízimo equivale à décima parte da nossa renda que deve ser devolvida a Deus, como prova de nossa Fidelidade a Ele. É uma espécie de teste mesmo que Deus faz conosco. Assim como Ele testou Adão e Abraão, também nos testa. E o resultado desse teste será: se entregarmos o dízimo seremos considerados como Mordomos ou administradores fies por Deus. Se não o entregamos, teremos sido reprovados nesse teste que Deus faz conosco.

O Rev. Jacó Silva chega a afirmar que “só está interessado no Progresso do Reino de Deus, quem traz fielmente o dízimo à casa Dele” (Silva, 2002, p.14).

O Presb. Jonas, da 1ª IPB Jordão, costuma dizer que uma das razões de Deus ter estipulado o Dízimo – 10% - um percentual fixo, é também para que seus servos não fossem explorados por “lobos roubadores”. Mas, não é exatamente o que vemos hoje em dia? Isso ocorre pelo distanciamento do ensino bíblico sobre esse assunto. Há muitos “pastores” e “igrejas” explorando o povo, pedindo tudo e não o percentual bíblico.

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O DÍZIMO:

1-      Os Dízimos e as Ofertas são os ÚNICOS métodos que Deus estabeleceu para arrecadação de verbas de sua igreja. E as ofertas só podem ser dadas depois de ter sido devolvido o dizimo. Ou seja, só tem direito de dar oferta quem já devolveu o dízimo. A ordem apresentada em Malaquias não é à toa: primeiro dizimo, depois, se for o caso, ofertas.  Entenderam isso?

Rev. Jacó Silva, sobre isso afirma:

“Algum crente diz eu não entrego o dizimo mas faço ofertas. Esse crente está muitíssimo enganado. Satanás o enganou terrivelmente [...].  Se fizer ofertas sem antes entregar o dízimo está ofendendo a Deus. Preste bem atenção a isto. Dizimo é dívida (Lev 27:30,32) [...]. Se eu não entregar o dízimo estou roubando, porque não e meu, e de Deus” (SILVA, 2002, p.27).

REPETINDO: O único método bíblico de arrecadação de verbas para a igreja é o Dízimo e depois, só depois,
Oferta.

Sobre isso o Rev. Jacó Silva faz uma das mais belas e corajosas afirmações sobre o assunto de arrecadação na igreja de Deus. Diz ele:

“Esse e o método que Deus estabeleceu para a contribuição na sua igreja – o dízimo. E depois do dízimo mas só depois do dízimo, as ofertas [...]. Todos os demais métodos usados pelas igrejas são métodos pecaminosos, inventados pelos homens, com duplo propósito de encobrir o pecado do roubo e de enganar a Deus [...]. Igreja de Deus não faz churrascada, nem canjicada, nem bazar” (SILVA, 2002, p.14). E ainda:

“Esse foi o único pecado que Cristo corrigiu com violência (Jo 2:16). Dois mil anos após a morte de Cristo há igrejas, que se chamam evangélicas, que estão fazendo a mesma coisa” (SILVA, 2002, p.19).

Eu ainda completaria:  Igreja de Deus não deve ter cantina, não deve vender caneta, chaveiros ou qualquer outra coisa. Igreja de Deus não deveria permitir que as sociedades internas cobrassem taxas ou ainda a tal da “renda per capta” da SAF, como se fora um clube.  

Precisamos retomar a confiança na palavra de Deus. Se formos fies nos nossos dízimos não precisaremos vender cocada, tapioca, roupa e sapatos velhos para fazer as coisas na igreja. Esse e um dos pontos de desvios mais sérios da igreja de Deus em nossos dias.

2-      Há aqueles que dizem: “Dízimo é da Lei. Vivemos no período da Graça e deve prevalecer o princípio de II Cor 9:7 (ler). Esse verso é estampado, inclusive, nos envelopes de dizimo e lido na liturgia, na hora da entrega dos dízimos e ofertas. Só tem um detalhe: esse texto não tem nada a ver com a questão das contribuições para a igreja. Se observamos o contexto, a oferta era para socorrer os irmãos (9:1) necessitados.

a)      O Dízimo é anterior à Lei, pelo menos 400 anos. Ler Hebreus 7:1-3; 15-17). Perceba: 400 anos da Lei Abraão dizimou ao sacerdote Melquisedec. Cristo é da ordem de Melquisedec (v.17), logo, devemos dizimar também no reinado de seu sacerdócio.

b)       Jesus reafirma o dízimo no Novo Testamente, mas não antes de retomar seu verdadeiro sentido e profundidade. Ler Mateus 23:23


" SE A PRIMÍCIA FOR SANTA O RESTANTE SERÁ SANTO " ROMANOS 11:16 SE HÁ UM TEMA QUE PRECISAMOS CRESCER É NA MORDOMIA CRISTÃ. TIVEMOS O PRIVILÉGIO DE SER BEM DOUTRINADOS SOBRE O TEMA,PORÉM LIMITAMO-NOS NUM PILAR APENAS: DÍZIMOS,E MESMO ASSIM INVERTEMOS A ORDEM BÍBLICA DOS BENEFICIÁRIOS,COLOCANDO PRIMEIRO O TEMPLO,ELIMINAMOS OS ÓRFÃOS E VIÚVAS E POR ÚLTIMO O SACERDOTE. TENHO ESTUDADO HÁ 3 ANOS SOBRE O ASSUNTO E ESTOU CONSCIENTE DE QUE HÁ ORDENANÇAS QUE NÃO HÁ COMO SER PRATICADAS POIS ERAM PRATICADAS: NO TEMPLO SAGRADO. O ESTADO ERA TEOCRÁTICO. POR NÃO HAVER MAIS LEVITAS. NÓS REFORMADOS FOCAMOS MUITO OS DOGMAS CENTRAIS E ALÉM DE NÃO VIVERMOS PRINCÍPIOS DA MORDOMIA NÃO ENSINAMOS À IGREJA SOBRE O ASSUNTO,LEVANDO-A A VIVER NUMA MÁ ADMINISTRAÇÃO COMO MORDOMA. O VELHO E O NOVO TESTAMENTO ESTÃO CHEIOS DE EXEMPLOS DO AGRADO DE DEUS DOS BONS MORDOMOS E DO SEU DESAGRADO DOS MAUS MORDOMOS E ISSO NECESSITARIA DE UM SEMINÁRIO SOBRE ESSES EXEMPLOS. PARA OS IRMÃOS E IRMÃS PESQUISAREM ,DEPOIS VEJAM O CASO DE ABEL E CAIM E O PORQUE DE UMA OFERTA SER ACEITA E OUTRA NÃO E NO NOVO TESTAMENTO JESUS QUE NÃO VEIO ABOLIR A LEI MAS CUMPRI-LA( MARCOS 5:17),CITA EM MARCOS 7:11 "CORBÃ" UM TERMO GENÉRICO PARA SIGNIFICAR OFERTAS ALÇADAS E VOLUNTÁRIAS E EM MARCOS 1:44 ORDENA QUE O EX LEPROSO LEVE ESSA "OFERTA"AO SACERDOTE. DENTRE OS PRINCÍPIOS DE MORDOMIA CRISTÃ,QUERO HOJE DAR UMA PINCELADA EM UM QUE FOI PRATICAMENTE ESQUECIDA OU NUNCA ENSINADA NAS IGREJAS HISTÓRICAS E DISTORCIDAS NAS IGREJAS NEO-PENTECOSTAIS QUE É A "PRIMÍCIA".NÃO VOU ENTRAR EM DETALHES PORQUE O TEMPO NÃO PERMITE,MAS APENAS IREI EXPOR O PRINCÍPIO EM SI,QUE É MAIS DO QUE LÓGICO,O QUAL É BEM USADO PELO APOSTOLO PAULO NO TEXTO ESCOLHIDO. PARA ENTENDERMOS O QUE PAULO QUE FALAR,PRECISAMOS ENTENDER O QUE É "PRIMÍCIA" PAULO APÓS DE COMPARAR A DIGNIDADE DOS JUDEUS E DOS GENTIOS,ELE PRIVA OS GENTIOS DA SOBERBA E APAZIGUA OS JUDEUS COM UM FORTE ARGUMENTO. ELE MOSTRA QUE NÃO AOS GENTIOS NENHUM PRIVILÉGIO TOTALMENTE DELES,QUE LHES CONFIRA HONRA E QUE NÃO SÃO EM NADA SUPERIORES AOS JUDEUS,CONTRASTANDO NAÇÃO COM NAÇÃO E NÃO HOMEM CONTRA HOMEM,POIS AMBOS DESCENDEM DE ADÃO. A DIFERENÇA É QUE JUDEUS FORAM SEPARADOS DOS GENTIOS PARA SEREM UM POVO DO SENHOR. PAULO,ENTÃO USA A METÁFORA USANDO UM PRINCÍPIO BÍBLIA DA PRIMÍCIA. HÁ 2 TIPOS DE PRIMÍCIAS: 1. O FEIXE SENDO O PRIMEIRO FRUTO COLHIDO ( LEVÍTICO 23:10 )QUE CHAMAMOS DE DÍZIMO 2. A FLOR DE FARINHA QUE É O PRIMEIRO BOLO AMASSADO ( NÚMEROS 15:20 ) (APÓS ANÁLISE,VEJO AQUI O PROBLEMA DA OFERTA DE CAIM E JAMAIS PORQUE SUA OFERTA NÃO FOI DE SANGUE OU POR TER DEMORADO 15 DIAS PARA OFERTAR) PAULO NO TEXTO REFERE-SE AO NUMERO 2 : PRIMÍCIA. PAULO CONSIDERA A ADOÇÃO DO POVO JUDÁICO AO PACTO COM ABRAÃO(ALGUNS INTERPRETAM COMO PRIMÍCIA AS PRIMEIRAS CONVERSÕES JUDÁICAS,MAS ISSO NÃO IMPORTA AO PRINCÍPIO QUE CONTINUA TENDO O MESMO VALOR ) ATRAVÉS DESSE PACTO SANTO E ADORNADO COM UMA HONRA ESPECIAL DA QUAL DEUS NAQUELE TEMPO,CONSIDEROU OS GENTIOS INDIGNOS,FORAM SANTIFICADOS. NAQUELE TEMPO O PACTO NÃO REVELAVA NA APARÊNCIA TANTA VITALIDADE,PAULO NOS CONVIDA A UMA RETROSPECTIVA DA VIDA DE ABRAÃO EM QUE A BENÇÃO NÃO ERA NEM VAZIA E NEM DESTITUÍDA DE EFICÁCIA. PAULO CONCLUI QUE UMA HEREDITARIEDADE SANTA PASSARÁ DE ABRAÃO POR TODA POSTERIDADE. ESSA CONCLUSÃO SÓ É VÁLIDA PORQUE PAULO POR PAULO LEVAR EM CONTA A PROMESSA E NÃO PESSOAS. " UM PAI JUSTO NÃO TRANSMITE IMEDIATAMENTE ESSA INTEGRIDADE AO FILHO " PAULO MOSTRA QUE DEUS "SANTIFICOU" ( PRIMÍCIA) ABRAÃO SOB A CONDIÇÃO QUE SUA POSTERIDADE TAMBÉM SERIA,ASSIM TRANSMITIU SANTIDADE NÃO SOMENTE A ABRAÃO,MAS TAMBÉM À SUA RAÇA. PARA CONFIRMAR SUA TESE,PAULO FAZ USO DE UM PRINCÍPIO DE MORDOMIA,EXTRAÍDA DO CERIMONIAL JUDAICO(PRIMÍCIA QUE SANTIFICAVA TODA A MASSA)) E OUTRO DA NATUREZA OU SEJA DAS RAÍZES QUE SE ESPALHAM AOS RAMOS,ONDEOS DESCENDENTES USUFRUEM O QUE A MASSA RECEBE DA PRIMÍCIA E A ÁRVORE DE SUAS RAÍZES ( A SANTIDADE AQUI É INERENTE DO PACTO E NÃO DAS PESSOAS OU NAÇÃO ) AÍ ESTÁ NÍTIDO O PRINCÍPIO DA PRIMÍCIA NA MORDOMIA CRISTÃ. RESGATANDO AS PRIMÍCIAS EZEQUIEL 44:30 Você sabe o que são as Primícias? Vamos quebrar mais um tabu com a Igreja e estudar sobre as primícias e colocá-las em prática, a fim de que recebamos as bênçãos de Deus prometidas sobre a vida, sobre a casa, a família daqueles que assim as praticasse (Ezeq 44:30 “... para fazer repousar uma bênção sobre a tua casa”)! Israel viveu tempos de apostasia e nesses tempos, deixava de celebrar as ordenanças do Senhor, bem como as suas festas solenes que foram “mandamentos eternos” do Senhor para o seu povo. E deixavam, também, de entregar as Primícias, ofertas e dízimos (Joel 1:9 e 13- LEV 2:3. Malaquias. 3:8-12. Atos. 5. 2Cor. 9:6-8). I-PRIMÍCIAS NO ANTIGO TESTAMENTO: No A T encontramos 2 Palavras para primícias: a) BIKKUR = 1° Fruto. Aparece 18 vezes: Ex 23:16,19; 34:22,26; Lev 2:14; 23:17 e 20; Num 28:26; II reis 4:42; Neemias 10:35 e Ezequiel 44:28-31; b) RESHITH = Principal, Primeiro. Acontece 50 vezes e por 12 vezes tem o significado de Primícias: Lev 2:12; 23:10; Num 18:12; Deut. 18:4; 26:10; II Cron 31:5; Neem 10:37; 12:44; Prov 3:9; Jer 2:3; Ez 20:40 e 48:14. II- PRIMÍCIAS NO NOVO TESTAMENTO: No NT encontramos a palavra Grega “APARCHÉ” = 1°s Frutos. Aparece 9 vezes: Rom 8:23; 11:16; 16:5;ICOR15:20 e 23; 16:15; II TES 2:13;TIAGO 1:18; APOC 14:4. Paulo apresenta Jesus como “as primícias dos que dormem”: I Cor 15:20. Ele usa o termo “primícias” para ensinar aos “gentios” que eles foram enxertados na árvore (Rom 11:14), porque as “primícias”, que são os judeus, foram “quebrados” (Rom 11:19) e também ensina aos judeus que eles podem ser “enxertados” na árvore para a salvação (Rom 11:23). Observemos, portanto, que Paulo afirma que se as “primícias forem santas”, toda a massa também o será (Rom 11:16). Vemos que as “primícias” santificam todo o restante de onde elas foram retiradas! Tiago, após dizer que Deus não muda, afirma que nós somos as “primícias das criaturas de Deus”, criados para a salvação (Tiago 1:17-18). João, em APOC 14:1-5, fala dos fiéis “144 mil” que “seguem o Cordeiro”, esses foram comprados para serem as “primícias” do Cordeiro! III-O QUE SÃO AS PRIMICIAS? Era a consagração a Deus dos primeiros frutos da terra (Ex 22:29 e 34:18,22), das primeiras crias dos animais (Ex 13:2) e o primeiro produto do trabalho humano (Farinha de trigo, azeite, vinho etc.: Lev 23:16- 20//II Crôn 31:5). ERA UMA EXPRESSÃO DE GRATIDÃO A DEUS E AOS SEUS SACERDOTES pelo sucesso da colheita daquele ano. IV - O QUE SIGNIFICA A “FESTA DAS PRIMICIAS”? Era a comemoração do início da colheita anual. Era o período em que o povo de Deus trazia as suas “primícias” para entregar aos sacerdotes. Em EXODO 23:14-19 encontramos as 3 Festas principais: Pães Asmos (Páscoa), Festa das Semanas ou “Sega dos Primeiros Frutos” ou “Primícias” (No Novo Testamento essa festa é chamada de “Pentecostes”) e a Festa dos Tabernáculos (seu nome mais antigo é “Festa da Colheita”). Em EXODO 34:22 faia claramente que a Festa das Primícias é a “Festa das Semanas”! A Festa das Primícias foi esquecida pelos judeus por muitos anos e quando Israel voltou do cativeiro Babilônico, Neemias cuidou de restaurá-la: Neemias 10:35-37. Outro grande líder que também restaurou essa Festa, quando ela foi abandonada, foi o Rei Ezequias :11 CRON 31:4-10! V - PARA QUEM SÃO AS PRIMÍCIAS? Para o Sumo-sacerdote: Lev 23:17 e 20 “... para uso do sacerdote”. II II Reis 4:42-44 (Eliseu); Ezequiel 44:30. Para sustento dos mesmos. Para o Sacerdote: DEUT 18:4-5! Para os Sacerdotes, juntamente com a sua família: NUM 18:11-14, 19! VI- PAULO E AS PRIMÍCIAS: Teria Paulo sido sustentado pelas primícias enviadas pelos irmãos nas igrejas em Filipos, Corinto, Macedônia, Acaia...? FIL 4:15-18 “... cheiro suave, corno sacrifício aceitável e aprazível a Deus” (expressões que falam das ofertas de sacrifício e das primícias do AT). LICOR 9:1-5 “... para que esteja pronta como beneficência e não corno por extorsão”. Beneficência, atitude do coração, espontânea, mas mesmo assim, Paulo enviou irmãos e os exortou a cobrar essa “beneficência”. Seria “beneficência” ou “primícias” que legalmente pertencem aos sacerdotes que ministram sobre a vida do povo? Estaria Paulo “cobrando” seu direito de “primícias”? (1 COR9:7-14)! VII-JESUS E AS PRIMÍCIAS: As Primícias foram determinadas por Deus na sua Lei para o seu povo, visando o sustento dos seus sacerdotes (TI CRON 31:4-5). E como Jesus “não veio anunciar a Lei, mas cumpri-la” (MÁT 5:17), Ele manteve todo o sistema sacrifical do Judaísmo, para que dessa forma o “Templo” continuasse em pleno funcionamento (MAT 23:23). Jesus, ao curar Leprosos, mandou que eles fossem entregar a oferta do sacerdote, isto é, o que a Lei mandava que se fizesse para o sustento do sacerdote: MAT 8:1-4 que remete para LEV 14:1-4, 10 e 13! LUC 17:14 (10 leprosos). Vemos em Hebreus toda uma atualização do Sistema Sacrifical do Antigo Testamento, tendo em Cristo a figura do “Sumo-Sacerdote”, aquele que “com seu próprio sangue” se ofereceu... (HEB 9:11-12). E para a continuidade da manutenção, agora, da Igreja do Senhor Jesus, o Novo Testamento manteve as Ofertas e os Dízimos. E como não encontramos em nenhum lugar na Bíblia, um texto sequer cancelando, anulando as Primícias, pelo contrario, encontramos textos que mantém as ofertas para os sacerdotes, e como sabemos que os “sacerdotes é que administram as primícias, ofertas gerais e dízimos”, devemos manter as Primícias, Ofertas Gerais e os Dízimos! VIII- A IGREJA E AS PRIMÍCIAS: Anular as Primícias seria anular uma parte importantíssima do sistema de ofertas deixadas por Deus para a manutenção dos seus sacerdotes e do Templo. E assim como cremos que devemos continuar entregando os Dízimos, devemos pelo mesmo princípio e fundamentação bíblica, continuar entregando as nossas Ofertas e as Primícias para os Sacerdotes! Vemos que no AT, a preocupação inicial e conseqüentemente a distribuição dos recursos entregues pelo povo de Deus, era inicialmente para os SACERDOTES. Depois, o POVO era atendido nas suas necessidades (órfãos, viúvas, estrangeiros, pobres...) e em seguida vinha à manutenção do TEMPLO que basicamente era mantido pelas ofertas. Então, a ordem era: SACERDOTES — POVO — TEMPLO. Depois da instalação e desenvolvimento da Igreja, chegamos até os nossos dias com essa ORDEM completamente invertida, tendo o Templo como prioridade e os Sacerdotes como aquele que “vive das sobras”. E a ordem hoje tem sido: TEMPLO - POVO - SACERDOTE! E muitas Igrejas constroem seus templos em cima do sacrifício dos seus sacerdotes, esquecendo-se muitas vezes de que “os sacerdotes comem do altar, vivem do altar...”! Isso tem afastado e desestimula-lo aqueles que são chamados por Deus para o Ministério! IX - A PRATICA DAS PRIMÍCIAS: O que vem primeiro, o Dízimo ou as Primícias? — O próprio nome já está dizendo o que vem “primeiro”. E todas as vezes que as “primícias” são citadas, ela sempre vem antes dos “Dízimos”: NEEM 10:35-37; II CRON 31 5; Deut 26:1-3 e 12! Quais são os principais propósitos das Primícias? — a) Agradecer a Deus por bênçãos recebidas: Deut 26:10-11; b) Expressar a nossa adoração a Deus: Deut 26:10; e) Valorizar a “casa de Deus”: Neem 10:39; d) Recompensar o trabalho dos Sacerdotes: Dt. 18:4-5; e) Honrar a Deus: Prov 3:9. Por que devo entregar as primícias? — a) Para receber de Deus prosperidade, fartura...: Prov 3:9-10; b) Para cumprir um “requerimento” de Deus: Ez. 20:40; c) Para Abençoar a sua casa, sua família: Ez. 44:30; d) Para santificar todo e seu salário, bens e propriedades: Rm. 11:16 “Se as primícias são santas, toda a massa o será. .“, isto é, se você “santificou”, “separou para Deus” as primícias da sua renda, todo o restante dela será santa! Como devo entregar as Primícias? — Retire o valor correspondente ao seu 1° dia, ou seja, o relativo a 1 dia de trabalho e você terá o valor das suas Primícias que devem ser entregues ao Sacerdote (PASTOR PRESIDENTE)! Depois de retirar as “Primícias”, retire em seguida o Dízimo do seu salário! Ex.: Salário de R$ 300,00 VALOR BRUTO MENSAL. 300,00: 30 DIAS= R$10,00 -Valor das Primícias. Dízimos: R$300,0O — R$10,00 ref. As Primícias R$290,0O x 10% = R$29,00. Eis o valor dos Dízimos= R$29,00! CONCLUSÃO: JOEL 1:9 e 13. Vemos um quadro semelhante aos dos nossos dias, onde os “sacerdotes” perderam a alegria porque “foram cortadas as suas primícias”, “foi cortada a sua autoridade na administração das ofertas e dos dízimos”,. eles já não são mais tratados com aquele zelo, cuidado e amor, como Deus gostaria que fossem tratados. Somos uma “geração de sacerdotes”, mas se queremos ver esses sacerdotes se dedicando a obra do Senhor de forma integral e exclusiva, precisamos manter os que estão hoje em atividade, para que amanhã tenhamos mais e mais sacerdotes...!!!

quarta-feira, 27 de junho de 2018

GERANDO MATADORES DE GIGANTES

         " GIGANTES GERAM GIGANTES,DAVI GERAVA MATADORES DE GIGANTES "

                                                                                                                   1 Samuel 17:34-51



                                                           I N T RO D U Ç Ã O


Precisamos ter o quadro dos acontecimentos para entendermos o que aconteceu na vida de Davi e esses gigantes.

Precisamos aprender as estratégias dos gigantes e entender as atitudes e escolhas de Davi para enfrentarmos nossos gigantes.Não podemos cometer erros,por isso temos que antever as batalhas.

Para esse aprendizado,traçaremos um perfil em 3 períodos : Davi era diferenciado,Pontos essenciais no combate e lições pós batalha.




                                                    E L U C I D A Ç Ã O


Ninguém nasce " matador de gigante ",ele "se torna" matador de gigante.
- Davi era o menor da casa

Essa habilidade está dentro de nós e precisa ser desenvolvida,e na caminhada eu me torno um matador de gigante.
- Davi descobriu o que ele era em Deus

" ACORDE ESSE MATADOR DE GIGANTES QUE ESTÁ DENTRO DE VOCÊ "

Para isso você terá que se posicionar.
- No exército de Davi não havia matadores de gigante,porque ele não se posicionou para isso

" NOSSO POSICIONAMENTO DEFINE QUE SEREMOS "

Posicione nas pequenas coisas:

. Davi protegia as ovelhas de seu pai( matou urso e leão)


TEMA :  " GERANDO MATADORES DE GIGANTES "


I . SEJA UM MODELO DE MATADOR DE GIGANTES ( 16:17-19 )

Matar gigantes era novidade e Davi lançou a moda.
Um matador de gigantes tem que ser referência em disponibilidade.

    . Quando chamado veio e com boa vontade( Isso é se dispor )
    . Muita gente hábil,mas sem disponibilidade

a) Disponibilidade envolve compromisso com amor.

b) Ame servir ( Invista sua vida em vidas )

Por ter disponibilidade em amor para servir,Davi foi um gerador de matadores de gigantes:

- Cuidando das ovelhas do seu pai ( mata urso e leão)
- Cuidando de pessoas com problemas ( pega 600 homens)

Davi matou um só gigante,mas sua disponibilidade gerou matadores

" UM GRANDE LÍDER NÃO SOMENTE MATA GIGANTE,MAS INSPIRA OUTROS A SEREM MATADORES DE GIGANTES " ( Multiplica )


II . SEJA UM GUERREIRO SEM DEIXAR DE SER ADORADOR ( 17:19-23 )

Davi sabia equilibrar um guerreiro disponível e um adorador por excelência.

. Na batalha guerreiro,diante de Deus adorador
. Homem forte nos desafios,mas criança diante da grandeza de  Deus
. Valente nas batalhas,mas quebrantado diante da soberania de Deus
. Tinha uma espada e uma harpa

"SÓ SABEREMOS SER GUERREIROS BEM SUCEDIDOS SE FORMOS ADORADORES BEM SUCEDIDOS"

. Um dia de vitória(guerreiro) é determinada no meu momento de adoração(criança)
. Guerreiro que não é adorador é um desequilibrado,logo é impossível obter sucesso

. Gigantes geram gigantes com novas espada nova(21:16) e um dia ser guerreiro sem ser adorador,um gigante te cansa e te mata.

"SÓ SEREMOS ADORADORES POR EXCELÊNCIA SE FORMOS GUERREIROS VALENTES"

. Adorador que não é guerreiro é desequilibrado,impossível obter sucesso.



III . SEJA UM MATADOR DE GIGANTES DILIGENTE ( 17:48,51 )


. Seja curado da procrastinação
. Matador de gigantes tem que ser ligeiro e rápido.
. A vida é feita de oportunidades,e estas não podemos deixar passar.
. Decidir diante de uma oportunidade não é ser precipitado

" TEM UM GIGANTE QUERENDO TE DESTRUIR E NÃO DÁ PRA FICAR SÓ OLHANDO "

. A cara do gigante tá enorme na sua frente,não desperdice a oportunidade( não dê bobeira)


CONCLUSÃO

Gigantes se aperfeiçoam e se renovam e Matadores de gigantes se cansam.

1. Isbis-Benobis : Altivez
2. Safe : Provocador
3. Lami : Solidão
4. Sem nome : Sem caráter

Davi começou a vida e terminou a vida lutando contra gigantes.

Mas Davi foi um gerador de matadores de gigantes.

. Só matou Golias
. Perto de ser vingado,Abisai mata Isbis
. Sibecai mata Safe
. Elanã mata Lami
. Jonatã mata o gigante sem nome

Gigantes nunca se acabam,pois geram gigantes mas nós nos cansamos,por isso precisamos gerar matadores de gigantes para não sermos derrotados.













segunda-feira, 18 de junho de 2018

A IMPORTÂNCIA DA OFERTA RESGATE

O recenseamento sob a Lei de Moisés não era algo cruel. Na verdade, Deus realmente ordenou a Moisés que enumerasse os soldados israelitas em duas ocasiões diferentes: uma vez no segundo ano após a libertação da escravidão egípcia, e novamente cerca de quarenta anos depois, perto do fim das perambulações de Israel no deserto (Números 1:1-3, 19; 26:2-4). Na verdade, o recenseamento era uma prática legítima sob a antiga lei (Êxodo 30:11-16). Às vezes, no entanto, os motivos de uma pessoa podem transformar ações lícitas em ações pecaminosas (ver Mateus 6:1-18). Tal foi o caso do rei Davi quando ele decidiu contar os israelitas na última parte do seu reinado. Deus não havia ordenado que um recenseamento fosse feito, nem Davi o fez por alguma causa nobre. Em vez disso, a Bíblia implica que as intenções de Davi (e, portanto, suas ações) eram desonrosas, tolas e pecaminosas (2 Samuel 24:3,10-12).
Para muitos leitores da Bíblia, os relatos paralelos que descrevem o recenseamento de Israel feito por Davi em 2 Samuel 24 e 1 Crônicas 21 representam um problema sério, porque em 2 Samuel 24:1 diz que o Senhor levou Davi a fazer o recenseamento do povo de Israel, mas 1 Crônicas 21:1 diz que foi Satanás. As duas passagens podem estar corretas ou isso é uma contradição?
O verbo hebraico wayyaset, traduzido como “incitou” é idêntico em ambas as passagens. As ações de Deus e as ações de Satanás são descritas usando a mesma palavra. A diferença reside no sentido em que a palavra é usada: Satanás incitou (ou seduziu – 1 Tessalonicenses 3:5) Davi mais diretamente e Deus incitou Davi porque Ele permitiu que tal tentação acontecesse. Os hebreus costumavam usar verbos ativos para expressar “não fazer a coisa, mas a permissão da coisa que o agente diz fazer” (Bullinger, E.W. (1898), Figures of Speech Used in the Bible, Grand Rapids, MI: Baker, 1968, p. 823). Ao longo da Bíblia, o consentimento de Deus de algo acontecer muitas vezes é descrito pelos escritores sagrados como tendo sido feito pelo Senhor.
Por exemplo, o livro de Êxodo registra como “Deus endureceu o coração de Faraó” (Êxodo 7:3,13; 9:12; 10:1), mas Deus não forçou o faraó a rejeitar a Sua vontade. Em vez disso, Deus endureceu seu coração no sentido de que Deus providenciou as circunstâncias e a ocasião para o faraó rejeitar a Sua vontade. Deus enviou Moisés para colocar suas demandas diante de Faraó, acompanhando a Sua Palavra com milagres – para confirmar a origem divina da mensagem. O faraó resolveu resistir às exigências de Deus. Deus simplesmente forneceu a ocasião para o faraó demonstrar sua atitude inflexível. Se Deus não tivesse enviado Moisés, o faraó não teria enfrentado o dilema de libertar os israelitas. Então, Deus certamente foi o iniciador das circunstâncias que levaram ao pecado de Faraó.
Outra instância em que esta linguagem idiomática pode ser encontrada é no livro de Jó. Na verdade, a situação em relação a Deus e a Satanás incitando Davi a fazer o recenseamento de Israel, provavelmente, mais estreitamente, é paralela aos dois primeiros capítulos de Jó do que qualquer outra passagem da Escritura. Satanás entrou na presença de Deus em duas ocasiões diferentes em Jó 1-2. A primeira vez, ele acusou que o justo Jó apenas serviu a Deus por causa das bênçãos que Deus derramou sobre ele (1:9-11). Deus assim permitiu que Satanás afligisse Jó com sofrimento, dizendo a Satanás: “Pois bem, tudo o que ele possui está nas suas mãos; apenas não encoste um dedo nele” (1:12). Depois que Satanás usou humanos e agências naturais para destruir a riqueza de Jó e todos os seus filhos (1:13-19), Satanás voltou à presença do Senhor.
“Disse então o Senhor a Satanás: ‘Reparou em meu servo Jó? Não há ninguém na terra como ele, irrepreensível, íntegro, homem que teme a Deus e evita o mal. Ele se mantém íntegro, apesar de você me haver instigado contra ele para arruiná-lo sem motivo’. ‘Pele por pele!’, respondeu Satanás. ‘Um homem dará tudo o que tem por sua vida. Estende a tua mão e fere a sua carne e os seus ossos, e com certeza ele te amaldiçoará na tua face’. O Senhor disse a Satanás: ‘Pois bem, ele está nas suas mãos; apenas poupe a vida dele’. Saiu, pois, Satanás da presença do Senhor e afligiu Jó com feridas terríveis, da sola dos pés ao alto da cabeça.” (Jó 2:3-7)
Embora Deus soubesse que Satanás era a causa direta do sofrimento de Jó (registrado no capítulo 1), Ele disse a Satanás: “Apesar de você me haver instigado contra ele para arruiná-lo sem motivo” (v. 3). Como resultado da abstinência de Jó no pecado durante esse tempo de sofrimento, Satanás então propôs um novo desafio a Deus, dizendo: “Estende a tua mão e fere a sua carne e os seus ossos, e com certeza ele te amaldiçoará na tua face” (v. 4). Em essência, Deus disse: “Ok. Eu vou”, mas Ele não fez isso diretamente. Ele simplesmente permitiu que Satanás o fizesse: “Pois bem, ele [Jó] está nas suas mãos; apenas poupe a vida dele” (v. 6). Então Satanás “Afligiu Jó com feridas terríveis, da sola dos pés ao alto da cabeça” (v. 7). O diálogo entre Deus e Satanás em Jó capítulo 2 não deixa nenhuma dúvida de que o que Deus permite que ocorra frequentemente é descrito pelos escritores sagrados como tendo sido feito por Deus. O autor inspirado de Jó até reiterou este capítulo quarenta capítulos depois, quando escreveu: “Todos os seus [de Jó] irmãos e irmãs, e todos os que o haviam conhecido anteriormente vieram comer com ele em sua casa. Eles o consolaram e o confortaram por todas as tribulações que o Senhor tinha trazido sobre ele, e cada um lhe deu uma peça de prata e um anel de ouro” (42:11).
Em seu comentário sobre 2 Samuel, Burton Coffman mencionou que o mesmo princípio ainda é operacional na dispensação cristã.
Paulo apontou que as pessoas que não amam a verdade, mas que têm prazer na injustiça, são realmente incitadas por Deus a acreditar em uma falsidade para serem condenadas (2 Tessalonicenses 2: 9-12). “Portanto, Deus envia-lhes uma forte ilusão para fazê-los acreditar no que é falso, para que todos possam ser condenados, etc.” (Burton Coffman, Commentary on Second Samuel, Abilene, TX: ACU Press, 1992, p. 329).
Aqueles incitados em 2 Tessalonicenses 2 tomaram a decisão de rejeitar a verdade da Palavra de Deus (v. 10) e acreditar em uma mentira. Deus envia uma ilusão no sentido de que ele controla o drama do mundo.
O problema de como um Deus amoroso (1 João 4:8) pode enviar uma “forte ilusão” (2 Tessalonicenses 2:11), endurecer o coração de alguém (Êxodo 9:12), ou incitar alguém a pecar (como no caso de Davi no recenseamento Israel – 2 Samuel 24:1), pode ser comparado à obra de Deus na natureza. Em um sentido, uma pessoa poderia falar de Deus matando alguém que salta de um prédio de 100 andares e morre, porque foi Deus quem desencadeou a lei da gravidade (mas Ele não forçou a pessoa a se jogar). Alguns escritores inspirados escreveram deste ponto de vista, que era costume em sua cultura.
De fato, semelhante a como o faraó endureceu seu coração porque Deus lhe deu ocasião de fazer tal coisa, e semelhante a como Jó sofreu porque Deus permitiu que Satanás o atingisse com calamidade, Deus permitiu que Satanás incitasse Davi a pecar (1 Crônicas 21:1). Israel sofreu como resultado direto do funcionamento de Satanás na vida do rei Davi, e Deus permitiu. Assim, tanto Deus quanto Satanás legitimamente poderiam ser ditos como incitadores do rei, mas de maneiras diferentes e por diferentes razões.

O castigo de Deus sobre Israel depois do recenseamento
Outro suposto problema que o cético recorda rapidamente é a “injustiça” do castigo de Deus pelo pecado de Davi. Por causa do recenseamento de Davi, a Bíblia diz: “Então o Senhor enviou uma praga sobre Israel, desde aquela manhã até a hora que tinha determinado. E morreram setenta mil homens do povo, de Dã a Berseba.” (2 Samuel 24:15). O cético acusa Deus de punir as pessoas erradas. De fato, até mesmo Davi disse ao Senhor: “Fui eu que pequei e cometi iniquidade. Estes não passam de ovelhas. O que eles fizeram? Que o teu castigo caia sobre mim e sobre a minha família!” (2 Samuel 24:17).
Analisando a Bíblia mais cuidadosamente, vemos que, em 2 Samuel 24:1, diz que “Mais uma vez, irou-se o Senhor contra Israel”. Aparentemente, a nação de Israel pecou tanto que tinham irritado a Deus. No entanto, apesar de Deus estar com raiva, os israelitas poderiam ter manifestado sua obediência aos mandamentos de Deus durante o recenseamento. Deus deu instruções a Moisés, centenas de anos antes, sobre qualquer recenseamento entre os israelitas. Ele disse: “Quando você fizer o recenseamento dos israelitas, cada um deles terá que pagar ao Senhor um preço pelo resgate por sua vida quando for contado. Dessa forma nenhuma praga virá sobre eles quando você os contar. Cada recenseado contribuirá com seis gramas, com base no peso padrão do santuário, que tem doze gramas. As seis gramas são uma oferta ao Senhor” (Êxodo 30:12-13).
Nos relatos do recenseamento de Davi, não há nenhuma indicação de que as pessoas deram o resgate de seis gramas para evitar a praga. Deus enviar pragas aos israelitas é exatamente o que se esperaria, sabendo o que Deus disse em Êxodo 30:12-13. Os israelitas deveriam ter conhecido esses versículos e deveriam tê-los cumprido. O que percebemos é que o comando de pagar seis gramas de resgate foi completamente esquecido e negligenciado durante os anos intermediários entre Moisés e Davi. As pessoas morreram por sua desobediência ao comando de Deus. Um evento semelhante ocorreu quando, sob a liderança de Davi, os israelitas não carregavam a Arca da Aliança corretamente, provocando a morte de Uzá. Com relação a esse episódio, o próprio Davi afirmou: “Pelo fato de vocês não terem carregado a arca na primeira vez, a ira do Senhor nosso Deus causou destruição entre nós. Nós não o tínhamos consultado sobre como proceder” (1 Crônicas 15:13). Os israelitas também não consultam a Palavra de Deus sobre a ordem de “como proceder” em relação ao recenseamento.

Deus, por intermédio de Moisés, deu as instruções aos israelitas em relação a um recenseamento. Ele também advertiu que uma peste resultaria se eles negligenciassem seguir estas instruções. Centenas de anos após o seu aviso, os israelitas foram contados, sem indícios de que ofereciam um resgate de seis gramas para evitar a desgraça. Uma praga devastou o povo, exatamente como Deus havia avisado. A simples obediência às instruções de Deus poderia ter impedido a praga. É a triste verdade de que o povo de Deus é muitas vezes “destruído por falta de conhecimento” (Oséias 4:6). O próprio rei Davi certa vez declarou profundamente a solução quando disse sobre a palavra de Deus: “Guardei no coração a tua palavra para não pecar contra ti” (Salmo 119:11).