sexta-feira, 20 de abril de 2018

Oferta de expiação

INTRODUÇÃO
Jesus Cristo veio a este mundo para cumprir toda a vontade de Deus Pai e dar Sua vida como uma oferta agradável ao Senhor. Na oferta da expiação esse ato é tipificado.

Irmãos, precisamos deixar bem claro que no livro de Levítico a palavra "sacrifício" que vem do latim "sacrificium" na TEORIA é sinônimo das palavras : oferta, imolação e oblação. 
Na Bíblia sagrada, tanto no Antigo como no Novo Testamento, a idéia de sacrifício esta associada principalmente ao perdão dos pecados.

No Antigo Testamento, o sacrifício era a única maneira de se aproximar de Deus e ter o relacionamento com Ele restaurado. Havia mais de um tipo de oferta ou sacrifício. A variedade de sacrifícios os tornava ainda mais significativos porque cada um estava ainda relacionado a uma situação específica da vida... Os sete primeiros capítulos de Levítico descrevem a variedade de ofertas e como elas deveriam ser feitas. (Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal - Editora CPAD Ed.2015- Pág. 205)

Nos sete primeiros capítulos de Levíticos podemos descrever 5 tipos de ofertas ou sacrifícios, a saber:
1) O holocausto ou Oferta Queimada (estudaremos nesta Lição 2 desta semana)
2) A oferta de Manjares ou Cereais (Estudaremos na Lição 3)
3) A oferta Pacífica (Estudaremos na Lição 4)
4) A oferta pelo Pecado (Estudaremos na Lição 5)
5) A oferta pela Culpa (Estudaremos na Lição 6)
Adicionei esta informação no Slide desta aula, para que o professor possa posicionar o aluno sobre quando cada oferta será abordada neste estudo de Levítico.

Ainda podemos sub-dividir estes 5 tipos de ofertas ou sacrifícios em :
ofertas expiatórias, ofertas consagratórias e ofertas de comunhão.

Sendo assim Na PRÁTICA, alguns teólogos afirmam que todos sacrifícios são ofertas, mas nem todas ofertas são "sacrifícios da expiação" 

Em Levítico 1 estudamos "Holocausto ou Oferta Queimada" ao qual será abordada nesta lição 2, o título desta lição poderia ser "Holocausto ou Oferta Queimada" como primeiro tipo de oferta a ser estudada por nós, todavia, acredito que o comentarista tenha escolhido o titulo "O sacrifício da expiação" dando ênfase a interpretação sofisticada do Apóstolo Paulo em várias passagens no Novo Testamento, onde Paulo joga uma luz para nós mostrando que as práticas ritualísticas de sacrifícios expiatórios do Antigo Testamento aponta para a crucificação de Cristo (Rm 3:25, 5:9, ICo 10:16, Ef 1:7, 2:13, Cl 1:20, Rm 8:3, 12:1, ICo 5:7, IICo 5:21). 

1. Uma oferta voluntária.
Toda pessoa que deseja servir ao Senhor com alegria deve saber e ter por princípio básico a voluntariedade. O que é feito por imposição não agrada a quem oferece e nem ao que recebe. É o que Jesus, o sacrifício perfeito, diz: “Por isso o Pai me ama, Porque dou a minha vida para tornar a tomá-la. Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar e poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai”. (Jo 10.17-18).

O holocausto ou Oferta Queimada é uma das cinco ofertas principais que os israelitas faziam a Deus, conforme registrado em Levítico 1.
Esta oferta era voluntária (veja abaixo no material de apoio que nem todas ofertas são voluntárias), por isso, neste tópico, estimule seu aluno a ofertar e trabalhar na obra de Deus de forma voluntária, não por necessidade, não por alguma imposição maior, não visando algum benefício ou reconhecimento terreno. 
Por acaso Deus não saberia diferenciar os intentos do seu coração quando você se dispõe a fazer algo na igreja ? Você faz porque ama à Deus e quer ver a obra de Deus crescer, ou você faz algo na obra com outras motivações ?

Infelizmente muitos estão trabalhando na Igreja ou fazendo qualquer atividade na obra de Deus com motivações erradas, para agradar a homens, para serem vistos por homens, para obter  lucros financeiros, para angariar  cargos eclesiásticos, nunca se viu tantos lideres sedentos por fama e poder como nestes últimos dias da Igreja na face da terra, denominações outrora unidas em Cristo, sendo divididas em pedaços, um querendo ser maior que o outro. Misericórdia !

A verdadeira motivação do crente não está na fama ou no poder, mas um viver para glorificar a Cristo (Lição 13 - Revista Lições Bíblicas - CPAD - 3T - 2012)

Hoje muitas denominações evangélicas estão padecendo, estão doentes espiritualmente porque são lideradas por homens gananciosos que centraliza a mensagem de Deus no dinheiro como os vendilhões que foram expulsos do Templo por Jesus na base do chicote (João 2:15-16).

O materialismo tem invadido as igrejas, muitos tem sido atraídos pela fama, poder, influência política, reconhecimento na mídia, querem os holofotes ! Essa nunca deve ser nossa motivação quando estamos fazendo algo na obra de Deus. Não fomos chamados para a fama, para o estrelato terreno. Quando a fama sobe à cabeça, a graças de Deus desaparece do coração!

Um dos grandes problemas enfrentados pela igreja evangélica brasileira é o pecado da tietagem. Alguns pastores e cantores são tratados como astros e atores. São pessoas altivas que gostam do sucesso e estão embrigadas pela fama. São pessoas que se sentem importantes demais e acabam colocando o seu ninho entre as estrelas (conforme Obadias 2). Há pastores que gostam desse glamour do sucesso e se perdem nessa tolice ensandecida. (Rev. Hernandez Dias Lopes - IPB).

Faça, trabalhe, dê ofertas para Deus de forma voluntária, espontânea, por vontade própria. Quando for para glorificar à Deus na Igreja, faça isso de forma voluntária e não porque alguém pede no púlpito para você glorificar à Deus. Não faça nada por imposição, Deus não precisa de migalhas ! não faça a obra de Deus relaxadamente, de qualquer maneira, dê o seu melhor na obra de Deus e em tudo que for fazer para Deus, faça com capricho, com amor, com qualidade. 
Muitos irmãos estão trabalhando para Jesus no Anonimato, não possuem cargos e nem reconhecimentos humanos, mas sua oferta é voluntária e tem agradado muito à Deus. Passe essa idéia para seu aluno !
1.1. Uma oferta de animal limpo.
Toda oferta que fosse oferecida ao Senhor deveria ser de animais limpos e domésticos e as características dos animais limpos são: unhas fendidas e a ruminação de alimentos (Lv 11.3). A unha fendida dá firmeza para o caminhar e o ruminar exprime o processo natural de digerir interiormente. A vida do salvo neste mundo também assim está relacionada, pois o seu caminhar tem a ver com o seu alimento. O alimento digerido pelo salvo vai servir de formação do seu caráter espiritual e da sua maturidade espiritual. O cristão deve procurar alimento que o ajude a servir a Deus com dignidade, sendo verdadeira testemunha de Cristo, isto é, sendo sal e luz do mundo.

As designações limpo e imundo eram utilizadas para definir os tipos de animais que os israelitas podiam ou não podiam comer. Havia várias razões para esta dieta restritiva:
(1) Garantir a saúde da nação. Em geral, os alimentos proibidos consistiam de animais detritívoros, ou seja, animais que se alimentavam de animais mortos; assim, alimentar-se deles poderia causar doenças.
(2) Distinguir visivelmente Israel de outras nações. O porco, por exemplo, era usado como um sacrifício comum das religiões pagãs.
(3) Evitar associações censuráveis. As criaturas que se movem sobre a terra, por exemplo, eram uma reminiscência de serpentes, que frequentemente simbolizavam o pecado.
(Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal - Editora CPAD Ed.2015- Pág. 217)
1.2. Uma oferta sem mancha.
A oferta oferecida para o holocausto não podia ter mancha, isto é, nada que denotasse fraqueza ou imperfeição. A característica do animal a ser oferecido no sacrifício da expiação era a perfeição. Essa exigência de perfeição foi plenamente satisfeita em Jesus Cristo, o homem perfeito imaculado e incontaminado (1Pe 1.19). Ele andou neste mundo de pecado, porém sem pecar. Conviveu com os pecadores, mas não se contaminou. Perdoou pecadores, mas sempre confrontou o pecado. Assim, pode salvar perfeitamente (Hb 7.25).

Sem mancha por duas razões:
1) Deus só aceita o melhor (Ml 1:13).
2) A vitima tipificava Aquele que era sem mancha, sem defeito (Jesus Cristo).
(Livro Estudando o Livro de Levítico e Hebreus - Casa Editora Presbiteriana).
1.3. A mão sobre a cabeça da oferta.
A tradição judaica diz que a mão tinha que ser imposta sobre a cabeça do animal com uma certa pressão. Esse gesto simbolizava que o ofertante estava se identificando com a oferta e transferindo algo de si para o sacrifício. Nesse ato ele estava dizendo para Deus: “Assim como esse animal é entregue inteiramente a Ti, da mesma forma eu me entrego a Ti neste altar onde este animal é oferecido”. Era um reconhecimento de que o animal estava sendo oferecido em seu lugar. Ao colocar a mão sobre a cabeça do animal, o ofertante se tornava participante e não um mero assistente. Pois, afinal, o sangue do animal substituiria o seu. Assim, o ofertante confessava sua condição de pecador rogando por expiação. Hoje, a Igreja do Senhor também não é meramente assistente, mas participante do culto de adoração e da entrega total a Deus.

2. Uma oferta partida.
Todo o interior da oferta era exposto ao ser partida, para que tudo fosse mostrado sobre o altar. Foi o que aconteceu com Jesus em Seu desejo intenso de fazer a vontade de Deus e estabelecer os propósitos divinos. Ele nada procurou esconder dos Seus discípulos, mas, como uma oferta partida, nos trouxe a revelação do Pai (Jo 10.30).

2.1. Uma oferta para ser aceita.
O adorador buscava ganhar o favor divino: “para que seja aceito por ele” (Lv 1.4). A aceitação do salvo por Deus está fundamentada na obra perfeita do sacrifício de Cristo e na identificação com a oferta. A aplicação desta realidade a Cristo e ao cristão revela uma das mais valiosas verdades, que também é apresentada no Novo Testamento: o cristão se identifica eternamente com Cristo e a sua aceitação em Cristo (1Jo 4.17). Quando o homem não estava em Cristo, ele está em seus pecados e não pode agradar a Deus, mas, estando em Cristo, ele é aceito por Deus.

2.2. Uma oferta esfolada e partida.
O ritual dado por Deus a Moisés para os sacerdotes deveria ser observado rigidamente. O animal era degolado, o sangue aspergido à roda do altar diante da porta da congregação e a seguir o animal era esfolado. Esses detalhes são importantes de serem observados, pois nenhum ritual estranho poderia ser acrescentado ao sacrifício. Sempre deveria ser feito o mesmo ritual, sem nenhuma inovação com o passar dos anos. A cerimônia realiza, assim, a intenção do adorador e exclui o uso de rituais e ensinos estranhos e errôneos que anulariam o relacionamento entre Deus e o homem. A oferta era sem mancha e também era mostrado o seu interior, ensinando-nos que Deus vê o exterior e também o interior.

2.3. Uma oferta em ordem.
A oferta era partida e colocada em ordem, para que houvesse uma queima mais rápida sobre o altar. Podemos aprender com isso que a ordem será um fundamento na obra de Deus, pois a Palavra nos diz: “faça-se tudo descentemente e com ordem.” (1Co 14.40). A oferta era partida para queimar mais rápido, tipificando o que aconteceria com Jesus na cruz com a Sua morte (Mc 15.44; 1Co 11.24).

A oferta não deveria ser feita de qualquer maneira, havia uma ordem pré-estabelecida, muitos estão acostumados a fazer a obra de Deus de qualquer maneira, todavia, podemos notar que :
A prática de trazer ofertas e sacrifícios nos tempos bíblicos, era cuidadosamente regulamentada. Havia certos tipos de ofertas e ocasiões específicas para trazer uma oferta, restrições quanto ao tipo, à qualidade do animal e ritos prescritos de acordo com o tipo de oferta.
A apresentação de qualquer oferta exigia o cumprimento dos regulamentos prescritos. O proposito desses preceitos era ensinar a nação de Israel que:
1) Deus ordenou as maneiras segundo as quais as pessoas deviam aproximar-se dele;
2) por causa da culpa e do pecado, ninguém pode aproximar-se livremente do Senhor;
3) tudo quanto uma pessoa possui foi recebido do Senhor e, como consequência, ela deve ao Senhor reconhecimento perpétuo pelas suas misericórdias.
(Fonte: www.estudobiblico.net)
3. Uma oferta para apreciação de Deus.
Nessa oferta tudo era oferecido a Deus, assim como Jesus se ofereceu em oferta de cheiro agradável ao Pai com a Sua morte na cruz. Todo o perfume da oferta que Jesus ofereceu foi do agrado do Pai e encheu o Seu coração de gozo. Na cruz, o Filho deu a Sua vida a Deus, a quem, durante o Seu ministério, agradou, por sempre fazer a Sua vontade. Ali, no Calvário, consumou a obra que veio realizar (Jo 19.30).

A oblação no Antigo Testamento
A palavra "oblação" está relacionada à linguagem proveniente do sistema sacrifical levítico. O termo remete-nos a estas expressões: "cheiro de suavidade" e "sacrifício agradável e aprazível" (Fl 4:18). E estas, por sua vez, estão relacionadas às "ofertas de consagração" a Deus identificadas como "holocausto" (ou oferta queimada de Lv 1:3-17), "oferta de manjares" (Lv 2; 6:14-23), oferta de libação e oferta pacífica (Nm 15:1-10). Portanto, quando falamos de oblaçãom referimo-nos a uma oferta sacrifical comestível - azeite, flor de farinha, etc. Uma parte era queimada para memorial e a outra direcionada ao consumo dos sacerdotes (Lv 2:1-3).
No Novo Testamento, o Apóstolo Paulo encara como verdadeira oblação a assistência que lhe ofereciam os filipenses. Tais ofertas eram-lhe como um "cheiro suave, como sacrifício agradável a Deus" (Fl 4:18).
(Revista Lições Bíblicas - 3Trimestre de 2013 - Ed.CPAD- Pág.93)

3.1. Fressura e pernas lavadas.
A oferta estava lavada por dentro e por fora (Lv 1.9) e simbolicamente representa Cristo, que é essencialmente puro tanto no interior como exterior. Isso ficou claramente demonstrado durante o Seu ministério terreno para os que com Ele conviveram e tiveram o prazer de ouvi-lo. Os servidores que foram enviados pelos fariseus para prendê-Lo, por exemplo, voltaram admirados após ouvirem o Seu ensino (Jo 7.45-46).

A fressura era lavada com água, símbolo da Palavra de Deus, como também as pernas (Lv 1.9), ensinando-nos que o exterior “as pernas” (uma representação da conduta) é conforme a “fressura” (uma representação do caráter).  Os membros do corpo obedecem e executam os desígnios do coração. Um coração cheio da Palavra de Deus conduzirá a um testemunho que sempre terá o propósito da glória de Deus.

3.2. Uma oferta que todos podiam oferecer.
Havia a opção de se oferecer um bezerro como também de se oferecer rolas ou pombinhos. Quem tivesse uma condição melhor oferecia um bezerro, mas para o de menor poder aquisitivo poderia oferecer um animal de custo menor. Quando Maria e José foram apresentar o menino Jesus no templo, cumprindo a lei de Moisés, levaram a sua oferta (Lc 2.23-24). Eles não tinham condições de oferecer um bezerro, mas nem assim ficaram impedidos de cumprir o que a lei estabelecia. Deus sempre provê meios para que todos possam dEle se aproximar.

3.3. Uma oferta totalmente queimada.
A oferta totalmente queimada representava o sacrifício imaculado de Cristo a Deus. Sobre o altar do Calvário, o Cordeiro de Deus foi totalmente consumido pelo fogo da justiça do Senhor. Os sacerdotes podiam preparar tudo para o sacrifício, mas dele não podiam comer, porque era totalmente oferecido ao Senhor, pois Deus era o único e principal objetivo nesse sacrifício (Lv 1.9).

CONCLUSÃO
Como é prazeroso para o salvo ter o entendimento da obra que o Senhor veio fazer e a consumou para o agrado do Pai, e como nos dá também o poder para nos apresentarmos a Deus como uma oferta sobre o Seu altar a cada dia para que esse sacrifício chegue às Suas narinas como cheiro suave.

Oferta de hocausto

INTRODUÇÃO
O pecado impede o relacionamento de Deus com o homem, mas o amor de Deus fez com que Ele oferecesse o Seu Filho para morrer pelo homem e assim Deus pode restaurar essa comunhão.
Professor, hoje estudaremos o capítulo quatro de Levíticos que discute as ofertas pelo pecado.Mencionaremos quatro classes de ofensores: O sacerdote ungido (vers. 3-12), toda a congregação (vers. 13 e 21), o príncipe (vers. 22-26), um do povo comum (vers. 27-35).
Seria interessante iniciar fazendo uma síntese sobre pecado para contextualizar com o tema:
Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; (Rm 3:23)
“Em Romanos 1-3, Paulo argumentou que toda humanidade está perdida nas garras do pecado, tanto judeus como gentios. Em Romanos 4, ele mostrou que a justificação pela fé também está universalmente disponível a todos aqueles que crêem que Deus manterá a promessa que fez no evangelho — tanto para os gentios como para os judeus.
Agora, Paulo dá um passo atrás, apenas por um momento, para perguntar como pode ser isso. Como todos os homens tornaram-se pecadores? E como a vida pode ser oferecida a todos?
Como contexto, precisamos entender uma coisa importante sobre o relacionamento entre ‘pecado’ e ‘pecados’. Enquanto 'pecados' são atos de iniqüidade ou transgressões à Lei de Deus, o ‘pecado’ é algo diferente. Ele se refere àquele defeito essencial da natureza humana que distorce o caráter moral do homem, obscurece sua inteligência e o incita em direção ao mal. De acordo com a terminologia bíblica, esta condição é freqüentemente mencionada como ‘morte’, não no sentido biológico, mas espiritual” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2014, p.300).

1. O pecado do sacerdote.
O pecado deturpou a criação e ao homem ficou impossível fazer o que é agradável a Deus. O homem ficou impossibilitado de fazer qualquer coisa que Deus ordenasse. A lei foi dada para mostrar essa incapacidade do homem.
(Lições CPAD » Jovens 2016 » 1º Trimestre)

1.1. O pecado do sacerdote.
Se o sacerdote pecasse, o texto bíblico afirma que deveria ser levado para o sacrifício da expiação um novilho (Lv 4.3). O pecado do sacerdote afetava toda a congregação e desse modo era exigido para o sacrifício um novilho, que era o maior animal para oferta. A missão do sacerdote em poder se aproximar de Deus em benefício do povo também aumentava a sua responsabilidade perante o Senhor. A grande responsabilidade do sacerdote comprometeria toda a congregação, caso algum pecado estivesse sobre ele. A excelência do ministério vem acompanhada de grandes responsabilidades.
Assim comentou Russel N Champlin: “Quando um sacerdote pecava, escandalizava o povo todo, por ser o homem que, supostamente, ensinava os outros. Ver 2 Coríntios 6.3 quanto a um paralelo no Novo Testamento. Ver também o trecho de Tiago 3.1, onde lemos que os líderes receberão juízo mais severo. O sacerdote que pecasse trazia pecado sobre todos, por ser um representante de todos”. (Revista do professor)
 Não dando nós escândalo em coisa alguma, para que o nosso ministério não seja censurado; (2Co6.3)

1.2. O pecado da congregação.
No caso de a congregação cometer algum tipo de sacrilégio (pecado grave contra as coisas sagradas), isso tornava impossível a habitação de Deus no arraial, pois o fundamento da habitação de Deus no meio do seu povo é a santidade. A santidade de Deus exige que o padrão vivido seja o que foi estabelecido por Ele. Como Seu povo, devemos com humildade nos submeter aos Seus preceitos e estatutos. O Senhor exigia pureza no acampamento de Israel, como encontramos em Deuteronômio 23.13-14. Deus quer do Seu povo pureza que alcance o espírito, a alma e o corpo (1 Ts 5.23). Quando isso acontece, Ele se faz presente, para alegria do Seu povo.
Porquanto o Senhor teu Deus anda no meio de teu arraial, para te livrar, e entregar a ti os teus inimigos; pelo que o teu arraial será santo, para que ele não veja coisa feia em ti, e se aparte de ti.(Dt23.14)
Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver; Porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo. (1 Pe 1:15,16)

1.3. O sacrifício apresentado era o mesmo.
Se o pecado fosse cometido pelo sacerdote, ou fosse cometido pela congregação, perante, o  Senhor tinha a mesma consequência e a oferta para o perdão do pecado era idêntica e o rito era o mesmo (Lv 4.1-21). O sangue era espargido sete vezes diante do véu do santuário, colocado sobre as pontas do altar de ouro, que era o altar de incenso, e todo o resto de sangue era derramado à base do altar de cobre, que ficava no pátio do tabernáculo, onde era oferecido o sacrifício. No pátio o israelita podia estar presente para participar, colocando a mão sobre a cabeça do animal. Assim precisava ser feito, pois o pecado do sacerdote, ou de toda a congregação, tinha a ver diretamente com a presença de Deus no meio do povo.
Característica comum no sacrifício pelo pecado do sacerdote e pelo pecado da congregação:
Fora do arraial
Uma das principais características desse sacrifício é o fato do animal, no todo ou em parte, ser queimado fora do arraial (Lv4.11,12,21;Nm19.3).
Evidentemente não havia suficiente santidade dentro do arraial.
(Pr. Abraão de Almeida lições CPAD,1988 3Trim.)

O pecado do sacerdote, ou de toda a congregação, era de tal alcance que o ritual precisava ser seguido conforme estabelecido por Deus, pois o sangue espargido diante do véu tem relação com a presença do Senhor, o sangue colocado sobre as pontas do altar de incenso restabelecia a adoração e o sangue derramado na base do altar de sacrifício tinha a ver com a consciência do ofertante. O pecado do sacerdote ou de toda a congregação precisava ser expiado nessas três esferas, pois o pecado impede a presença de Deus no meio do povo, a adoração fica impedida e a consciência do ofertante culpada, mas o sacrifício restabelecia essas três situações. Tudo isso encontramos em Jesus Cristo. (Revista do professor)
Abaixo esquema que mostra a localização das peças, conforme a explicação do nosso comentarista:
2. O pecado do príncipe.
O pecado de um líder de Israel diante de Deus era considerado grave e se tornava mais conspícuo (notável) do que o pecado de qualquer outra pessoa do acampamento de Israel. Ele não tinha a responsabilidade de um sacerdote, mas era um líder em Israel; havia sido levantado por Deus como uma liderança perante o povo e deveria receber mais grave condenação.

2.1. O alcance do pecado do príncipe.
Todo o pecado que o homem comete é contra Deus, pois Ele é quem estabelece o padrão que devemos viver. O salmista assim se expressa diante de Deus em sua penitência: “Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que a teus olhos parece mal, para que sejas justificado quando falares e puro quando julgares.” (Sl 51.4). O pecado do príncipe não poderia alcançar o véu do santuário ou mesmo o altar da adoração, mas tinha a ver com a sua consciência e atingia também o povo. Quando um líder comete pecado, a tristeza vem sobre o povo por causa da queda do seu líder.
Professor neste tópico é interessante comentar com a classe que todos estão sujeitos ao pecado, inclusive os príncipes (lideres), como mencionado, o rei Davi foi um caso. Foi estabelecido por Deus um sacrifício especifico para esta situação notória.Atualmente é possível que algum líder cometa algum pecado,todavia o sacrifício de Jesus também é suficiente para restaurá-lo.Veja comentário abaixo(Revista do professor).
O pecado do homem levou Cristo á cruz, mas Cristo nos leva a Deus. Todos os tipos que podemos estudar no livro de Levítico apontam para a obra perfeita que Jesus realizou ao morrer na cruz, para glorificar a Deus e tomar o lugar do homem. A libertação do pecado e a purificação dos pecados foi realizada por Jesus e é eterna, não precisando que mais obra seja feita para salvação do homem (Hb 9.14-15). Toda a malignidade do pecado foi anulada pelo sacrifício do antítipo que é Jesus Cristo e ao homem basta apenas crer nesta obra e guardar em seu coração a Palavra de Deus.(Revista do professor).

2.2. A oferta pelo pecado do príncipe.
A oferta que o príncipe tinha que trazer quando obrasse contra algum mandamento do Senhor deveria ser um bode (Lv 4.23). Um animal sem mancha e todo o ritual exigido por Deus deveria ser seguido. Mesmo sendo um príncipe dentre o povo, não tinha nenhuma autoridade para mudar o que fora estabelecido pelo Senhor. Caso procedesse de acordo com as instruções do Senhor, o resultado alcançado era paz no coração, pois, quando o homem obedece aos mandamentos do Senhor e guarda os seus estatutos, a paz é alcançada (Lv 4.24).
O procedimento do sacrifício era diferente dos casos que estudamos anteriormente (pecado do sacerdote e pecado da congregação).
Quando um príncipe ou uma pessoa do povo pecava, o sangue era posto sobre as pontas do altar do holocausto, e o resto derramado à base do altar. A carne não era levada para fora do acampamento para ser queimada como no caso do novilho. (Lv.4.22-25).
Vejamos o que diz o escritor da carta aos Hebreus aos que fracassam:
Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem  pecado.
Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno.(Hb 4:15,16)

2.3. Uma responsabilidade inferior à do sacerdote.
O príncipe não tinha acesso ao santuário e nem tinha a autorização para queimar incenso no altar de ouro, como tinha o sacerdote. Então a sua responsabilidade espiritualmente era menor em apresentar o povo a Deus. Mas o pecado cometido sempre ofenderá a santidade de Deus. Mas o pecado cometido sempre ofenderá a santidade de Deus. Sendo assim, apesar da responsabilidade ser menor, um sacrifício também era necessário e as leis que foram entregues a Moisés pelo Senhor traziam a solução para o pecado que fosse cometido pelo príncipe (Lv 4.24).
Devemos descansar sobre a perfeita e suficiente obra realizada por Jesus, isto é, Seu nascimento, ministério, morte, ressurreição e ascensão. Tudo isso permite ao homem que crê uma paz que descansa sobre um fundamento perfeito e inabalável (1Co 3.11). Jesus concede ao homem uma consciência perfeitamente purificada, que descansa sobre a grandiosa obra da remissão de todos os nossos pecados, sejam de nosso conhecimento ou de ignorância. Jesus se ofereceu a si mesmo para cumprimento da vontade de Deus na expiação do pecado em completa abnegação, tomando todas as consequências do pecado do homem e levando sobre si todo o castigo que nos traz a paz (Is 53.5). (Rev. do profº)
Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido.
Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.(Isaías 53:4,5)

3. O pecado de uma pessoa do povo.
Para o pecado cometido arrogantemente não havia sacrifício prescrito (Nm 15.30). Para que um pecado fosse expiado, era necessário que fosse cometido por ignorância ou involuntário, algo que fosse proibido pela lei do Senhor e que involuntariamente viesse a ser cometido pelo homem.
Professor comente sobre a gravidade do pecado voluntario:
Porque, se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados,
(Hb 10:26).

3.1. Uma cabra fêmea como oferta.
Por mais que o homem se esforce, é impossível cumprir a lei, pois a carne está enferma (Rm 8.3). Isso significa que logo quebraria um ou mais desses inúmeros preceitos. Sendo assim, os sacrifícios pelo pecado eram constantes e intermináveis. No caso de qualquer pessoa do povo pecar, poderia trazer uma cabra fêmea como oferta (Lv 4.28). O pecado sempre ofenderá a Deus, mas nas ofertas trazidas temos uma gradação que está relacionada com a responsabilidade que cada um ocupa perante o Senhor. Que verdade maravilhosa é ilustrada por este ato cerimonial dos diversos animais apresentados sendo relacionados com a ocupação no acampamento do Senhor Deus pelos respectivos ofertantes. O sacerdote podia também comer da carne do sacrifício oferecido por uma pessoa, porque o sangue da oferta não era levado para dentro do santuário (Lv 6.26).
Deus, quando dá a lei ao homem, é para que o homem trabalhe para Ele e torne-se agradável e aceito diante dEle. No entanto, isso é impossível de acontecer, pois o homem está incapacitado de cumprir a lei por causa do pecado. Sendo assim, Deus nos concede a graça, que é Deus trabalhando para que o homem possa estar na Sua presença, sendo aceito e agradável a Ele. Nós somos levados a Deus através de Jesus Cristo, que ressuscitou de entre os mortos e tirou os nossos pecados, segundo s perfeição da Sua obra. Uma cabra fêmea poderia ser apresentada apenas por uma pessoa comum do povo e não por um príncipe, a congregação ou o sacerdote, porque, quanto maior for o privilégio, maior é a responsabilidade. (Revista do professor)

3.2. Um ato pessoal.
Quando o ofertante oferecia um animal sem mancha, que era uma figura de Jesus Cristo, e também no momento em que ele colocava a mão sobre a cabeça do animal, ele se identificava com o animal oferecido e, através da vítima, oferecia-se a si mesmo a Deus (Êx 29.10). Uma pessoa que ouvisse uma blasfêmia e não denunciasse (Lv 5.1), uma impureza cerimonial (Lv 5.2), tocasse em uma pessoa com fluxo ou lepra (5.3), ou juramento falso (Lv 5.4); necessário era confessar (Lv 5.5) e oferecer a sua oferta, que poderia ser uma cabra (Lv 5.6) ou duas rolas ou dois pombinhos para o que fosse pobre (Lv 5.11).
Trazendo para o nosso cotidiano:
"Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" (1 Jo 1.9).E se pecarmos? Embora o nascido de novo tenha recebido uma nova natureza que aspira à santidade e repele o pecado, está sujeito a dar lugar à carne, isto é, à natureza velha, da qual surge o desejo pecaminoso (Rm 7.5; Gl 5.17-21). O apóstolo do amor fala da possibilidade de pecarmos quando diz, mas "se alguém pecar" (2.1). Todo o crente é passível de pecar, bastando para isso, não vigiar e negligenciar o hábito de orar (1 Ts 5.17; Lc 22.39,40; ver também 1 Jo 1.8,10; Ec 7.20). (Lições CPAD Jovens e Adultos »  2009 » 3º Trim.)
Não atentar para os detalhes do sacrifício, e trazer um animal com defeito perante o Senhor (Ml 1.8), era atentar contra a perfeição do antítipo, que é Cristo, e se identificar com o animal que estava sobre o altar. Uma pessoa que trouxesse um animal com mancha para o altar do Senhor estava dizendo que Deus poderia aceitá-lo com os seus defeitos, sem a necessidade de expiação. Ele estaria se identificando com o animal defeituoso ao colocar a mão sobre a sua cabeça. Hoje isso está representando em todos aqueles que procuram se justificar perante o Senhor com suas próprias obras e apresentam sacrifícios segundo o seu coração, como se isso pudesse satisfazer a santidade de Deus.(Revista do professor)

3.3. Uma provisão divina.
Apesar das diferenças de animais oferecidos sobre o altar, de acordo com a responsabilidade exercida por cada um no acampamento de Israel, todos eles eram provisões da parte de Deus para perdão dos pecados e consequente comunhão com o Seu povo. Somente Deus pode prover a salvação para o homem (Gn 3.21). Uma provisão necessária ao homem para que o propósito eterno de Deus se cumpra e que estará plenamente consumado na eternidade.
Ao trazer o sacrifício, o ofertante estava dizendo que tinha cometido um pecado não proposital (quer por fraqueza, quer por negligência). Sua presença ali indicava que aceitava os mandamentos do Senhor e que humildemente pedia o Seu perdão e a Sua misericórdia. Esse simbolismo apontava para Cristo, aquele que, mesmo sem pecado, “se fez pecado” para nos tornar aceitos perante o Senhor. Em Cristo Jesus temos a provisão perfeita de Deus para aremissão do pecado do homem.(Revista do professor)
Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.(2Co5.21)

Porque Jesus pode perdoar. A santidade de Deus requer uma punição para o pecado.
Mas Cristo, amorosa e voluntariamente, sofreu em nosso lugar, tomando sobre si a pena do pecado. Assim, toda exigência da lei divina quanto ao culpado, foi satisfeita plenamente na cruz quando Ele efetuou a nossa redenção pelo seu sangue (Ef 1.7). Por esse ato de amor, obtivemos o perdão dos pecados; assim, fomos salvos da perdição eterna (Gl 3:13,14).(Lições CPAD Jovens e Adultos - 2009 - 3 Trimestre)
Em que temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça (Ef 1.7).
CONCLUSÃO
Em sua ignorância e arrogância, o homem pensa em agradar a Deus se apresentando diante dEle com seus trapos de imundícia (Is 64.6). No entanto, através da justiça de Deus em Cristo Jesus, temos livre acesso à Sua presença e lá podemos permanecer (Rm 5.1-9-11).


Bibliografia
[1] Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal - CPAD - ARC
Biblia de estudo pentecostal, Almeida revista e corrigida, Rio de Janeiro, CPAD
Bíblia do Culto - Editora Betel
Revista EBD Betel Dominical Professor - 1 trimestre 2018, ano 28, número 106 - Editora Betel
PAE - Plano de Aula Expositiva - Auxílio EBD - http://editorabetel.com.br/auxilio/beteldominical/

1. Se o sacerdote pecasse, o que o texto bíblico afirma?
R: Que deveria ser levado para o sacrifício da expiação um novilho (Lv 4.3).

2. O que a santidade de Deus exige?
R: Que o padrão vivido seja o que foi estabelecido por Ele (1Ts 5.23).

3. Qual era a oferta que o príncipe tinha que trazer quando obrasse contra algum mandamento do Senhor?
R: Um bode (Lv 4.23).

4. Por mais que o homem se esforce, por que é impossível cumprir a lei?
R: Porque a carne está enferma (Rm 8.3).

5. Somente quem pode prover a salvação para o homem?
R: Deus (Gn 3.21).