sábado, 15 de dezembro de 2018

Dai à Deus o que é de Deus ( Marcos 12:17 )

                                      DAI À DEUS O QUE É DE DEUS ( MARCOS 12:17 )


A MOEDA TINHA A IMAGEM DE CESAR ( HOMEM )


O HOMEM FOI FEITO À IMAGEM DE DEUS,LOGO O HOMEM LHE DEVE LEALDADE E SERVIÇO,E ESTA EM PRIMEIRO LUGAR


JESUS RESPEITAVA AS LEIS HUMANAS ( MUITAS VEZES AO CONTRÁRIO DE NÓS,QUE SONEGAMOS IMPOSTOS ),LOGO SUA RESPOSTA NÃO FOI DE ASTÚCIA,MAS DE UM CIDADÃO RESPONSÁVEL,QUE CUMPRIA SEUS DEVERES.


NESSA BRIGA SOBRE DÍZIMO,ESQUECEMOS DE QUE NA LEI ERA 10%,MAS NA GRAÇA,POR TERMOS SIDO COMPRADOS,DEVEMOS OFERTAR 100% NÃO APENAS DOS BENS,MAS DE TUDO,QUE É NADA TENDO EM VISTA O DESTINO QUE ELE NOS LEVARÁ: A VIDA ETERNA

A RESPOSTA DE JESUS É O MELHOR ENSINO PARA AQUELES QUE NÃO SE DEIXAM ENVOLVER POR ARGUMENTOS FRÍVOLOS,DE HOMENS CARNAIS E INCAPAZES DE PENSAR.

TODO MORDOMO HONESTO PODE CUMPRIR UM DEVER,OU SEJA O IMPOSTO DOS HOMENS E O IMPOSTO DE DEUS:DÍZIMO

IMPOSTO DE DEUS PORQUE A TERRA É DO SENHOR( TERRA AQUI É O MUNDO E NÃO O QUE A TERRA PRODUZ COMO ALIMENTOS,QUE É UMA SANTA BURRICE TAL AFIRMAÇÃO)

NO TEXTO JESUS DEIXA CLARO QUE UM MORDOMO DEVE PAGAR A TAXA AO DONO DA TERRA,MAS RECOMENDA QUE DEVE SER ACOMPANHADA DE JUSTIÇA,MISERICÓRDIA E FÉ,OU SEJA: TAXA+MORALIDADE PIEDOSA.

ESSA DESOBEDIÊNCIA,QUE ALGUNS ALEGAM QUE JESUS PAGOU,A BÍBLIA ENSINA QUE AO CONTRÁRIO HAVERÁ É JULGAMENTO.

ALGUNS IRMÃOS ESTÃO CERTOS,QUANDO ACUSAM DENOMINAÇÕES DE NÃO FAZEREM BOM USO DOS DÍZIMOS,POIS O DÍZIMO PERTENCE AO SENHOR E NÃO À UMA DENOMINAÇÃO,ASSIM SE SUA DENOMINAÇÃO NÃO FAZ BOM USO,PROCURE UMA QUE O FAÇA,MAS DIZIMAR É DEVER (MALAQUIAS DEIXA ISSO CLARO DE QUEM TENTA ROUBAR A DEUS,ASSIM O QUE É DO ESTADO AO ESTADO,O QUE É DE DEUS A DEUS(PALAVRAS DE JESUS)

TAL QUAL NO VELHO TESTAMENTO,O DÍZIMO É PARA PROTEGER A PROPRIEDADE QUE É DE DEUS,E NA PALAVRA NÃO HÁ UM LUGAR QUE AFIRME QUE ESSA TAXA FOI ABOLIDA,POIS O CONTEXTO ASSIM COMO CESAR DEVE RECEBER O QUE LHE É DEVIDO,ASSIM TAMBÉM DEUS.SE ACHO QUE UM FOI ABOLIDO,ENTÃO VOU ACHAR QUE O OUTRO TAMBÉM FOI,E PAGO SE EU QUISER,OU ADMINISTRO COMO EU QUERO,OU QUANTO EU QUERO,SENDO QUE A EXISTE UM VALOR OFICIAL

TAL LIBERDADE NÃO EXISTE À PARTE DA LIBERDADE DE POSSESSÃO E DE PROTEÇÃO DE BENS E PROPRIEDADES PESSOAIS,COM COMPENSAÇÃO  ADEQUADA PARA SUA PERDA OU DESTRUIÇÃO.

NADA TEMOS QUE É NOSSO,E SE TIVERMOS ISSO TEM UMA FONTE QUE É PRECISO SER RECONHECIDO COM SERIEDADE.

"DAR A DEUS O QUE É DE DEUS" TEM TODA LÓGICA,POIS O TEXTO COMEÇA FALANDO DOS "AGRICULTORES MAUS",QUE ENSINA O CARÁTER DOADOR DE DEUS E A RUINDADE HUMANA,DEIXANDO UMA PERGUNTA: O QUE DEUS MERECE?

É INCRÍVEL QUE FAZEMOS O CONTRÁRIO:DAMOS UMAS MOEDAS A DEUS,QUE É O DONO DA TERRA E UMA GRANDE PARCELA DAMOS PARA NÓS MESMOS,ILEGAIS PROPRIETÁRIOS 

NO FINAL DO CAPÍTULO,JESUS MOSTRA QUANTO DEVEMOS PAGAR A ELE: 10%?

SE LERMOS VEREMOS O ELOGIO QUE JESUS FEZ À VIÚVA,QUE DEU 100%,E NÃO QUE DAMOS HOJE:SOBRAS

O FOCO AQUI É O CORAÇÃO,REFERINDO-SE À MOTIVAÇÃO QUE DEVE SER ALÉM DA OBRIGAÇÃO UMA FIDELIDADE RECHEADA DE GRATIDÃO,DE HONRA,COLOCANDO-O EM SEU DEVIDO LUGAR COMO PROPRIETÁRIO DE TUDO

                                                                    CONCLUSÃO

O QUE TE MOTIVA GANHAR DINHEIRO?
- ACUMULAR BENS?
- CONSUMIR COISAS?
- OPORTUNIDADES PARA SERVIR A DEUS?

COM MEUS 57 ANOS DE VIDA CRISTÃ
COM MEUS 40 ANOS DE CRISTÃO
COM MEUS 36 DE PASTOR
QUERO TE DAR UM CONSELHO:

. DÊ A DEUS O QUE É DE DEUS,SE SUA DENOMINAÇÃO FAZ MAU USO,PROCURE UMA DENOMINAÇÃO QUE FAÇA UMA BOA ADMINISTRAÇÃO E DÊ O QUE É DE DEUS,MOSTRANDO SUA FIDELIDADE
. DÊ SUA PRIMÍCIA NA DENOMINAÇÃO QUE ADMINISTRE CORRETAMENTE E HONRE A DEUS COM O PRIMEIRO FRUTO DOS SEUS BENS
. SEJA GENEROSO E DÊ OFERTAS GENEROSAS Á QUEM PRECISE E DEMONSTRE SER UM ADORADOR QUE SABE SACRIFICAR,TENDO PRAZER EM OFERTAR 

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

PORQUE TANTA OPOSIÇÃO AO DÍZIMO

                                        PORQUE TANTA OPOSIÇÃO AO DÍZIMO 

O movimento Reformado representou um certo retorno às Escrituras Sagradas,apesar de que,eu defendo um retorno completo ao ponto de vivermos como a Igreja Primitiva.  

Como conseqüência, o acúmulo de tradições acrescentadas à fé apostólica foi varrido da igreja. Somos filhos da Reforma e temos a obrigação de julgar nossas próprias práticas à luz da Bíblia, comparando Escritura com Escritura. A máxima igreja reformada sempre se reformando deve ser sempre lembrada e praticada. 

Não há erro quando alguém obriga a si próprio a não comer carne, ou guardar determinados dias, ou se abster de algo, ou colocar sobre si qualquer outra obrigação sobre a qual não há mandamento bíblico (Romanos 14.2-6).  

                                                      HISTÓRICO SOBRE O DÍZIMO 

A igreja pós-apostólica viveu a tensão entre a prática do dízimo e a afirmação paulina de que Cristo nos libertou da lei (Gálatas 5.1). 

Nos séculos 5 e 6, encontramos a prática do dízimo bem estabelecida nas áreas antigas da cristandade do ocidente. 

No século 8 os soberanos carolíngeos tornaram o dízimo eclesiástico parte da lei secular. 

Já no século 12, os monges que antes tinham sido proibidos de receber dízimos, sendo obrigados a pagá-los, obtiveram certa medida de liberdade ao obterem permissão para receber dízimos e, ao mesmo tempo, tendo isenção do pagamento deles. 

Controvérsias sobre dízimos sempre surgiram quando pessoas procuravam "evitar" o pagamento, ao passo que outras tentavam apropriar para si as rendas dos dízimos. 

Os dízimos medievais eram divididos em:

.prediais, cobrados sobre os frutos da terra; 

.pessoais, cobrados dos salários da mão-de-obra; 

.mistos, cobrados da produção dos animais. 

Esses dízimos eram subdivididos: 

.em grandes, derivados de trigo, feno e lenha, pagáveis ao reitor ou sacerdote responsável pela paróquia; 

.pequenos, dentre todos os demais dízimos prediais, mais os dízimos mistos e pessoais, pagáveis ao vigário. 

Na Inglaterra, especialmente por volta dos séculos 16 e 17, a questão dos dízimos foi uma fonte de conflito intenso, visto que a Igreja Estatal dependia dos dízimos para sua sobrevivência. Implicações sociais, políticas e econômicas eram consideráveis nas tentativas do arcebispo Laud de aumentar o pagamento dos dízimos, antes de 1640. Os puritanos ingleses e outros queriam a abolição dos dízimos, substituindo-os por contribuições voluntárias para sustentar os clérigos. Mas a questão dos dízimos despertou paixões ferozes e amarguras, notáveis dentre todas as questões associadas com a guerra civil inglesa. Depois da guerra, o dízimo obrigatório sobreviveu na Inglaterra até o século XX. 

                                                     JESUS E OS DÍZIMOS


Jesus ensinou a prática do dízimo? 

Jesus ensinou que devemos dar o dízimo em Mateus 23.23: 

"Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas cousas, sem omitir aquelas!

Note-se: obedecer os preceitos mais importantes da lei, sem omitir o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, é o que Jesus afirma. 

De fato, esta afirmação de Jesus nos remete à discussão sobre a Lei e a Graça, o Velho e o Novo Testamento, a Antiga e a Nova Aliança. 

Não ignoramos a profecia de Jeremias: Eis aí vêm dias, diz o SENHOR, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá... (31.31). Esta profecia foi lembrada pelo autor de Hebreus que ensina a respeito de Jesus como Mediador de superior aliança instituída com base em superiores promessas (8.6), e completa: Quando ele diz Nova, torna antiquada a primeira. Ora, aquilo que se torna antiquado e envelhecido está prestes a desaparecer (8.13). Paulo afirma o mesmo com outras palavras: De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé. Mas, tendo vindo a fé, já não permanecemos subordinados ao aio (Gl 3.24-25). Sabemos que há dois testamentos, duas alianças – uma antiga, que já passou, e uma nova, que vigora. Mas, quando começou a vigorar a nova aliança, o novo testamento? Hebreus responde: Porque, onde há testamento, é necessário que intervenha a morte do testador; pois um testamento só é confirmado no caso de mortos; visto que de maneira nenhuma tem força de lei enquanto vive o testador. (Hb 9.16-17) Oh! que significado tem as palavras de Jesus na última ceia: porque isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados. (Mt 26.28). Vemos, assim, que os evangelhos retratam acontecimentos da antiga aliança. Poderíamos dizer que o Antigo Testamento se estende até Mateus 27.50 quando “Jesus, clamando outra vez com grande voz, entregou o espírito.”

Dessa forma, podemos entender muitas passagens do NT: 

Em Lc 1.15 o anjo Gabriel consagra João Batista ao nazireado, conforme Nm 6.3. 

Em Lucas 2.21 Jesus é circuncidado obedecendo o disposto em Levítico 12.3; 

Em Lucas 2.22 Maria se purifica conforme estabelecido em Levítico 12.4; 

Em Lucas 2.23 os pais de Jesus oferecem o sacrifício prescrito em Levítico 12.6-8; 

Em Mateus 8.4 Jesus manda um leproso fazer o sacrifício prescrito em Levítico 14; 

Em Lucas 19.8 Zaqueu se submete duplamente à pena estabelecida em Êxodo 22.9; 

Em Mateus 17.24 Jesus paga o imposto estipulado em Êxodo 30.11-16 

Em Mateus 26.17 Jesus e os discípulos cumprem o requerido em Êxodo 12.1-27.

Entendemos, então, que enquanto Jesus vivia, a Lei Mosaica estava em vigor. 

Como entender Mt 8.4, onde Jesus ordena a apresentação de um sacrifício de animal ao que havia sido curado de lepra? É necessário que façamos isto hoje? Evidentemente que não. 

Em Mt 23.23, Jesus ordena aos fariseus que dêem o dízimo do cominho, da hortelã e do endro, devemos entender que eles estavam debaixo da mesma aliança mosaica que obrigou o leproso a cumprir o ritual de Levítico 14. Há, portanto, nos relatos dos evangelhos, um aspecto de transição entre o que é e o que há de vir. Por isso é preciso cuidado e não eliminarmos o que Jesus não eliminou sobre o Novo Israel prescrições relativas ao Antigo Israel. Pois não estais debaixo da lei e sim da graça (Romanos 6.14)

A pergunta sobre o tema em pauta é: Onde Jesus elimina a prática ou o princípio do dízimo?
Ao contrário Ele confirma a validade dele também na Nova Aliança,lembrando que ele deve ser praticado juntamente com outros atos de justiça,misericórdia e fé.

Mas aí surge uma pergunta: E o ensino de Paulo? 

Bom,como todo bom interprete das Escrituras,todo ensino deve estar dentro do escopo primeiro de Jesus e depois de outros,logo se Jesus em nenhum lugar elimina a prática do dízimo e ao contrário o recomenda acrescentando a prática da justiça,misericórdia e fé,não podemos seguir outros ensinamentos.

Como fica o ensino de Paulo? 

Fico triste com os atuais "exegetas e intérpretes" das Escrituras,pois esquecem-se que Paulo como um bom judeus,conhecia os princípios judaicos e o que Paulo ensina nada mais é que uma interpretação de Terceiro Princípio da Mordomia:OFERTAS.

Paulo em nenhum lugar usa o termo Primícia ou Dizimo,mas OFERTAS,ensino este praticado erroneamente,pois a igreja não sabe os pilares desse princípio,assunto que será tratado depois aqui.

.Mas aí vem os sábios da graça e afirmam: Vejo o dízimo como lei e não estamos debaixo da lei.

Existe uma passagem em Gênesis 14.20 "E de tudo lhe deu Abrão o dízimo",pelo contexto a prática do dízimo é supra-legal, ou seja, acima da lei:
Abrão deu o dízimo a Melquisedeque, rei de Salém, antes da Lei ser estabelecida. Logo o dízimo é antes da Lei. Portanto o dízimo perdura após o fim da Lei.

.Mas aí vem aqueles velhos sábios da graça com o argumento de que algumas práticas antes da Lei não perduram,porém esquecem-se de que algumas delas foram substituídas por outras práticas ( A circuncisão pelo batismo por exemplo),o que torna o argumento fraco.


.Mas aí surgem os sábios da graça,afirmando que a prática do dízimo que antes da lei,que foi confirmada na lei,que foi mais tarde adaptada para um povo que antes nômade agora fixo,que distorcido no exílio é restaurado pós exílio,confirmado por Jesus,os quais não tem discernimento de darem a interpretação do princípio na graça,sem usar Paulo que nada fala de dízimo mas de ofertas

. Mas aí os velhos interpretes da graça afirmam: não podemos usar textos do Velho Testamento como base para prática ou abstenção de um preceito.Bom,aí onde entra a incapacidade dos atuais intérpretes da graça em preferir "em nome deles mesmo ou da tradição denominacional"eliminar por completo um ensino tão claro.

É do conhecimento até de leigos que mesmo sendo da lei,um princípio moral deve continuar sendo praticado,eliminando-se apenas o cerimonial,porém perguntamos: o dízimo deixou de ser um princípio?Porque não se elimina as cerimonias e se pratica o princípio?Onde está a capacidade,o discernimento,a sabedoria,o conhecimento para interpreta-lo dentro da graça?(Exemplo: o Jejum de Isaías 58,o sábado de Êxodo 31)

Sou calvinista,mas rechaço aqueles que só levam a sério se Calvino falar,então vamos la:

Muita calvinista não sabe,mas Calvino falou do que na teologia é chamado de Princípios de Mordomia ( kkk quando eu usei esses termos riram de mim e  até falaram que eu estava usando de uma outra linguagem para referir-me a Teologia da prosperidade,mas eu os perdoo kkkk )
Calvino tem uma obra sobre os 5 primeiros livros da Bíblia e fala sobre Dízimos,Primícias e Ofertas,inclusive no comentário à carta de Romanos,ele dá um show sobre o princípio da primícias (Romanos 11:26).
E como temos postado aqui,ele vê esses princípios como reais na graça e óbvio sem os rituais.
Calvino mostra que em Êxodo 30:16 Deus deixa bem claro que tudo é d'Ele e que é Ele quem decide o princípio a ser seguido por Ele ser o Dono de tudo... fico a pensar aos que decidem fazer como querem com algo que não lhes pertence e ainda usam textos bíblicos.

Olhem o comentário de Calvino:
"Deus os taxou todos a uma e a mesma soma, a fim de que, desde o maior até o menor, cada qual, qualquer que fosse o seu estado ou qualidade, reconhecesse que Lhe pertencia inteira e totalmente. E não é de maravilhar, visto que era esse (como se diz) um direito pessoal e as faculdades não se creditam a que o rico, de fato, contribuísse mais do que o pobre, mas antes, que o tributo era pago igualmente pessoa por pessoa."
Comentando o texto de Mateus 17.24 ele acrescenta:
"Sabemos que a Lei lhes impunha pagar cada um anualmente meio estáter e que Deus, que os havia resgatado, era para eles o Rei Soberano."
Comentando 1 Coríntios 10:31 ele afirma:
 “ São Paulo mostra que se a oferta das primícias, como rito, foi abolida, guarda-nos, todavia, o significado espiritual.”
Sem a cerimônia( quem quiser saber sobre o que ele se refere como cerimônia,leia o comentário de Calvino de Romanos 11:26,onde ele dá um show sobre o princípio da primícia ,aí você entenderá o que é findar os rituais e praticar os princípios), permanece ainda a verdadeira observância, quando nos exorta ele a glorificar o nome de Deus, até mesmo no beber e no comer (1 Co 10.31)
Comentando o voto de Jacó em Gênesis 28.22 "E, de tudo quanto me concederes, certamente eu te darei o dízimo", Calvino escreve: "Os atos externos não caracterizam os verdadeiros servidores de Deus, são apenas subsídios de piedade se não acompanhados de atos internos "
Comentando 2 Co 8.8,sobre ofertas o reformador escreve: "Verdade é que, por toda parte, ordena Deus que acorramos a ajudar os irmãos em suas necessidades; mas, verdade é também que nenhuma passagem há em que nos defina a soma, quanto lhes devemos dar, a fim de que, feita estimativa de nossos bens, repartamo-los entre nós e os pobres; nem, de maneira semelhante, onde nos obriga a certas circunstâncias, nem de tempo, nem de pessoa, nem de lugar, mas à regrada caridade nos conduz"
A respeito da generosidade e a precaução contra a avareza: "A vontade liberal é agradável a Deus tanto do pobre quanto do rico... verdade é que é bem certo que devemos a Deus não apenas uma parte, mas, afinal, tudo o que somos e tudo o que temos. Entretanto, segundo Sua benevolência, até esse ponto nos poupa, que Se contenta desta comunicação que o Apóstolo aqui ordena. O que, pois, ensina ele aqui é um relaxamento, por assim dizer, daquilo a que somos obrigados no rigor do direito. Contudo nosso dever é estimular-nos a nós mesmos a darmos com freqüência. Não há temer que sejamos exageradamente descomedidos neste aspecto, pelo contrário, há é o perigo de sermos demasiado sovinas"
Ainda comentando 2 Co 8.8, Calvino acrescenta: "Ora, esta doutrina da mordomia é necessária contra um bando de visionários que pensam que nada havemos feito, se não nos despojamos inteiramente para termos tudo em comum. Na verdade, tanto fazem por sua fantasia, que ninguém pode dar ajuda em boa consciência. Eis porque é preciso observar-se diligentemente a moderação de São Paulo, a saber, que nossa ajuda seja agradável a Deus, quando de nossa abundância acorremos à necessidade dos irmãos, não de tal maneira que tenham a ponto de regurgitarem, enquanto nós ficamos na condição de necessitados, mas antes, que do nosso distribuamos segundo o permite nossa própria capacidade, e com alegria de coração e ânimo disposto."                                         


                                                        CONCLUSÃO 

Quando por ocasião do recebimento como membro de uma denominação, ouvimos as seguintes palavras: 

Crê que as Escrituras Sagradas do Velho e do Novo Testamento são a Palavra de Deus e a única regra de fé e prática dada por Ele à sua Igreja, e que são falsas e perigosas todas as doutrinas e cerimônias contrárias a essa palavra, e todos os usos e costumes acrescentados à simples lei do Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo? 

Ao que respondemos: 

Creio 

A confissão que fizemos nos lembra que tudo o que é extrabíblico é, na verdade, anti-bíblico, que qualquer imposição que se revele sem raízes nas Escrituras deve ser considerada falsa e perigosa, mesmo que tenha sido instituída com propósitos elevados. 

O dízimo tradicionalmente praticado pelos evangélicos é bíblico. Sendo assim não  pode ser legitimamente exigido dos membro. O dízimo,primicia e ofertas nunca foram extintos da igreja por serem um princípios de mordomia,usados por Deus para administrarmos o que pertence a Ele. 

Respondemos "creio" porque a doutrina bíblica nunca prejudicará a vida da igreja e que a verdade jamais será perniciosa; pelo contrário, se ensinarmos aos membros os princípios de dar , como  patamares mínimos exigidos, que Deus ama a quem dá com alegria, que devemos ser generosos, guardar-nos da avareza, ser prontos em repartir, acumular tesouros no céu... Deus responderá derramando sobre a Sua igreja bênçãos sem medida